Nos últimos dias, saiu o trailer de “Oppenheimer”, que promete ser um dos melhores filmes de 2023. Dirigido por Christopher Nolan, ele conta a história da criação de bomba atômica, no começo dos anos 1940, com foco na contribuição do físico J. Robert Oppenheimer para o projeto.
Se você já viu o trailer, talvez tenha notado que Oppenheimer (interpretado por Cillian Murphy, da “Peaky Blinders”) está quase sempre de chapéu. Repare a seguir:
Tanto em filmes clássicos, quanto em fotos antigas, percebe-se que o chapéu era um fiel companheiro dos homens. Por que será, então, que nós paramos de usá-los nos últimos tempos? A resposta para essa pergunta envolve uma série de mudanças culturais, sociais e econômicas que ocorreram ao longo do século XX.
1# POPULARIZAÇÃO DOS CARROS
O primeiro motivo foi a popularização do automóvel. Antes dos carros, as pessoas se locomoviam principalmente a pé ou em carruagens abertas. Os chapéus protegiam a cabeça contra o sol, a chuva e o vento, tornando-se uma necessidade prática. Com a chegada dos carros, a necessidade de usar chapéu foi gradualmente eliminada.
2# CHEGADA DA MODA CASUAL
Além disso, o estilo de vida urbano e a crescente informalidade na moda também desempenharam um papel importante. A partir dos anos 1960, com o movimento de contracultura, as normas rígidas de vestimenta começaram a ser desafiadas. O chapéu, que era visto como um símbolo do tradicionalismo, caiu em desuso à medida que os homens buscavam se expressar de maneira mais individualista e casual.
3# QUESTÕES ECONÔMICAS DE PRODUÇÃO
Por fim, a economia também teve seu papel na queda do chapéu. Durante as guerras mundiais, muitas fábricas de chapéus foram convertidas para a produção de bens militares, o que afetou drasticamente a indústria de chapéus.
Em retrospecto, a evolução da moda masculina e a transição do chapéu de uma necessidade prática para um acessório opcional é um reflexo da evolução da sociedade e da cultura. No entanto, graças ao poder do cinema e a diretores como Christopher Nolan, que trazem o passado à vida na tela grande, somos lembrados da elegância atemporal do chapéu.
