Meus amigos, o mundo corporativo mudou, ou melhor, está tudo invertido.
Conversando com um grande líder, falávamos sobre gestão de pessoas, motivação, engajamento, reconhecimento, enfim, discussões frequentes nos tempos atuais.
Depois de alguns minutos, ele me disse: “Meu amigo, quanto tempo perdido! Na minha época, bastava estar empregado e receber o salário em dia que já nos motivávamos!”
Mas, felizmente e infelizmente as coisas mudaram. Felizmente, pois as organizações se obrigaram a evoluir em seus padrões de gestão de pessoas, tornando-se um ambiente mais evolutivo e promissor para os profissionais.
E infelizmente, pois na busca por esse ambiente estimulador e pela tão almejada retenção de talentos, os “chefes” foram banidos das organizações e tiveram que trocar os seus crachás para “líderes”.
Antes fosse somente o crachá, mas ultrapassamos os limites. Adotamos uma postura de pouca cobrança, muita conversa e como consequência, um baixíssimo desenvolvimento do perfil profissional.
E as consequências estão aí, em todos os lugares: empresas com serviços precários e profissionais com carreiras prejudicadas.
Me perdoem os ativistas corporativos, mas eu tenho saudade dos chefes dos velhos tempos. Claro que o mundo mudou, mas a gestão que funciona, não.
O jeito macro de gerir, sim, isso mudou. Implantamos indicadores de desempenho, o RH se tornou cada vez mais estratégico, novos sistemas de remuneração foram implantados, enfim, muita coisa mudou.
Mas o jeito micro de gerir pessoas, isso não deveria ter mudado.
Chefe bom é aquele de motiva, reconhece, treina, participa e cobra. Quem disse que líder não deve cobrar? É disso que sinto falta, do chefe que provoca, que fala a verdade sem melindres, que critica, que tem conversas duras, que não utiliza técnicas avançadas de feedback — simplesmente faz a gestão como deve ser.
Nunca consegui entender a diferença entre chefe e líder. Tudo o que já me disseram tem mais a ver com o caráter e competência do sujeito do que efetivamente características da função.
Chefe ou líder, tanto faz, só tenho uma certeza: independente da nomenclatura ou do rótulo, a única coisa que verdadeiramente importa é o quanto você consegue extrair o melhor das pessoas. E não digo apenas da sua nota na avaliação de desempenho, falo do quanto você educa, desenvolve e forma profissionais de verdade.
O mercado conta contigo! Deixe o seu legado de liderança sendo o chefe que a sua empresa e seu time precisam.
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