Sorte: essa foi a razão de eu ter encontrado a série Mr.Robot. Em uma noite de domingo, estava zapeando pela minha Apple TV quando vi que existia alguns pilotos de séries de graça para assistir. Não pensei duas vezes e baixei todos.
Comecei por uma série sobre o Cartel de Medelin – parei de assistir em menos de 1 minuto. Sei lá, não me prendeu. Depois passei por uma chamada 12 Monkeys, acredito que baseada no filme de mesmo nome. O longa é um dos meus preferidos e os 12 minutos que eu aguentei do primeiro capitulo não fizeram jus a ele.
E então chegou a vez de ver o piloto de Mr. Robot. Já estava até desanimado, achando que tomaria o mesmo caminho dos outros dois. Nunca estive tão enganado. Quando terminei de assistir o piloto, tudo o que mais queria era ver o segundo episódio – mais ainda não estava disponível.
Para começar, o assunto me interessa profundamente. Sou fanático por tecnologia e a série é sobre um hacker, Elliot, que trabalha em uma empresa de segurança digital dedicada quase que exclusivamente a um único cliente, a Evil Corp, maior corporação do mundo. Sim, o nome reflete exatamente o comportamento maléfico da empresa (ok, um pouco de falta de criatividade nesse batismo).
Elliot, o hacker protagonista, é um anti-herói clássico. Quando não está trabalhando na empresa de segurança, está hackeando todos a sua volta, de vez em quando interferindo na vida de criminosos, meio como um vigilante mascarado, onde sua identidade é protegida pelo anonimato da internet (não muito bem, diga-se de passagem).
Você já ouviu falar que de boas intenções o inferno está cheio, certo? Pois parece que o Elliot não. A cada hack que ele faz para o bem, alguém acaba pagando a conta – e normalmente é alguém que ele gosta.
Depois da minha descrição do personagem, você deve ter o imaginado como um irmão gêmeo do Bruce Wayne (tudo bem que você já o viu na foto que abre o texto) – mas ele é o oposto: magro, não muito alto e com uma linguagem corporal que chega a dar dó.
Elliot não gosta de conviver com as pessoas e quase não conversa com ninguém. A única hora que mostra estar confortável é no teclado – ou quando está com a corrente sanguinária lotada de morfina!
Eu não sou hacker e, para ser sincero, acho que nunca conheci um de verdade. Mas me informo sobre o assunto. Gosto da ideia que com um “simples” código conseguimos mudar o mundo. E os produtores conseguiram representar bem essa realidade. Talvez melhor do que qualquer filme ou série que eu já tenha visto.
Mr. Robot não é um retrato perfeito de como a banda toca – mas é o que chegou mais perto.
Elliot faz parte do fsociety, um grupo de crackers que tem como objetivo acabar com a Evil Corp. (Calma, você não se perdeu na história, é a mesma empresa em que ele presta serviços sim.) Derrubando a maior corporação da terra, a civilização baseada no lucro ruiria do dia para a noite. É o plano perfeito!
Em Mr. Robot, o sub-mundo da internet é representado como se fosse parecido com o das drogas: assassinatos, traições e muita grana envolvida. Na verdade, os dois mundos acabam se misturando na série, já que os traficantes usam a internet para movimentar seus produtos e os hackers acabando comprando. O mundo criminoso desse seriado me lembra um pouco o de Breaking Bad – o que é ótimo, né?
Todos os personagem possuem uma certa profundidade, mostrando claramente seus defeitos e virtudes. Assim, conseguimos criar empatia por todos – menos pelo antagonista, o executivo misterioso da Evil Corp, que se contenta somente com cadeira de CTO (diretor de tecnologia) da companhia e não pretende ser muito ético para atingir esse objetivo. Como o Lex – um de nossos editores – sempre diz aqui na redação: ele é igual ao Psicopata Americano!
Desde que comecei a assistir Game of Thrones uma série não me pega assim. Sabe quando você fica pensando sobre um filme ou um seriado e um dos pontos altos do seu dia é quando tem alguém para discuti-lo? Pois é assim que estou com Mr. Robot. E depois ainda fico criando novas teorias para os acontecimentos e lendo a opinião de outros apaixonados pela série no Reddit!
Tudo bem, eu sou meio freak, mas acho que posso dizer com segurança que Mr.Robot já é uma das minhas séries favoritas de todos os tempos – ainda que só tenha assistido 7 capítulos.
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