— ESTE POST É PARTE DA SÉRIE ESPECIAL “PROFISSÃO POKER” QUE O EL HOMBRE ESTÁ FAZENDO. LEIA AQUI AS PARTES 2, 3, 4 e 5. —
Fora da sala Cantareira, no hotel Refúgio Vista Serrana, em Mairiporã, no interior de São Paulo, o frio está brutal. Mas nem ele é capaz de esfriar o ânimo das 40 pessoas que esperam, ansiosamente, pelo início da experiência que pode transformar o sonho profissional delas em realidade. São oito e meia da noite e, em poucos minutos, vai começar um curso intensivo de poker com André Akkari, o homem que revolucionou o esporte no país.
A aula começa. E cá estou eu, neste grupo dos 40, tentando acompanhar um diagrama de range que envolve stack, posição e meia-dúzia de outros fatores. Não entendeu nada do que eu disse, né? Relaxa. A lição também me causou um nó mental. Como se eu estivesse, sei lá, perdido numa aula de engenharia química ou direito tributário. Viver das cartas é bem mais complexo do que pode parecer à primeira vista.
Realizado uma vez por mês, o curso dura 3 dias. Começa sexta-feira à noite e termina domingo ao final da tarde. Akkari e seus companheiros do Akkari Team, um seleto time profissionais de poker online, compartilham o tipo de informação capaz de eliminar o fator sorte do jogo — e transformar qualquer jogador em lucrativo, desde que ele esteja disposto a estudar, com dedicação, as táticas e estratégias apresentadas aqui.
Neste grupo em que estou — o 34º desde que o Akkari Team foi fundado — tem alunos desde o interior do Maranhão até o Sul do país. A idade também varia de jovens que acabaram de terminar o colegial a aposentados em busca de um novo hobbie. Eles pegaram horas de voo e estrada para estar aqui, em Mairiporã, tentando seguir os passos do profissional mais bem-sucedido do Brasil.
O currículo de Akkari fala por si só: campeão mundial na WSOP, o evento mais prestigioso do mundo, e uma premiação milionária em torneios online. Mas os números não fazem justiça a tudo o que Akkari significa para o poker brasileiro. Mais do que um jogador extraordinário, ele é um símbolo do esporte. Akkari foi, provavelmente, o maior responsável por mudar a imagem do poker no Brasil, que em questão de anos deixou de ser visto (injustamente) como um jogo de azar para virar um esporte da mente, tal como o xadrez.
É muito simples. Numa única mão, existe o fator randômico. Um par de 22 pode vencer um par de AA. Mas no longo prazo, a estatística fala mais alto. Quem toma as decisões mais sábias — um cálculo que mistura matemática e leitura psicológica do oponente — vai fechar o mês no positivo. Não há discussão quanto a isso.
Akkari dá cursos, palestras, entrevistas mostrando essa realidade do jogo. Ele é uma espécie de embaixador do poker no país. E quem melhor para defender a causa do que alguém que, em toda a sua carreira, terminou um único mês no negativo?
O El Hombre vai fazer uma imersão neste universo empolgante do poker, nos próximos dias, com uma série de matérias especiais sobre o esporte. Na companhia dos profissionais e alunos do Akkari Team, contaremos como é a vida das pessoas que vivem (ou querem viver) das cartas. Esta é só a primeira matéria. Fique ligado para mais.
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