Lançado pela primeira vez no Japão em dezembro de 1994, o PlayStation (também conhecido como PS1, PSone e PSX) foi o primeiro console caseiro da gigante Sony. Nascido com o intuito de criar um periférico leitor de CDs para Super Nintendo, o nascimento do console pegou de surpresa as duas gigantes da geração anterior: Nintendo e Sega.
Embora tenha sido lançado nos anos 90, o console só teve sua produção cessada em março de 2006, encostando perto do lançamento do PlayStation 3. Ao longo desse período, o console de estreia da Sony viu o lançamento de vários jogos exclusivos de extrema qualidade, mas também recebeu versões superiores de jogos lançados para os rivais Sega Saturn e Nintendo 64; franquias vigentes até hoje como Crash Bandicoot, Metal Gear Solid, Gran Turismo e Tekken nasceram todas aqui.
Então, nesta lista dificílima de compilar de um console tão eclético (oficialmente, foram lançados 4.105 jogos para o PS1, sendo o videogame com a biblioteca de jogos de do mundo), traremos alguns dos 5 melhores games para você revisitar do primeiro console da Sony. E caso não tenha consigo um PS1, ressaltamos que seus sucessores, PlayStation 2 e PlayStation 3, rodam 99.9% dos jogos do primeiro sem problemas. Mas se você também não tem nenhum desses consoles e quer revisitar seus jogos, compilamos uma lista com os melhores emuladores para os três primeiros consoles de mesa da Sony. Vale a pena dar uma conferida!
Enquanto a Nintendo e a Sega tinham respectivamente Mario e Sonic como seus mascotes, o Crash Bandicoot era o mascote da Sony durante esse período – embora Spyro também fosse um grande nome para o posto. E, sim, o bandicoot é um animal, embora não estejamos acostumados a ver esses por aqui na América do Sul.
Pois bem, Warped é o terceiro e último game principal desenvolvido pela Naughty Dog. Enquanto os dois jogos anteriores são incríveis, o primeiro tinha uma curva de dificuldade muito elevada e o segundo parece ter deixado tudo muito mais fácil. Warped pegou tudo que eles tinham de bom e melhorou drasticamente sua jogabilidade com fases muito diversas, habilidades especiais para Crash cada vez que ele derrotava um chefe, novos veículos, um hub system bem elaborado, vários objetivos e a possibilidade de jogar com Coco em algumas fases.
Hoje já é possível revisitar Warped (e os dois primeiros jogos da série) nos consoles atuais por vias da compilação Crash Bandicoot N. Sane Trilogy, mas tratando-se de clássicos para o PS1, um game dessa trilogia original nunca poderia ficar de fora.
Embora a franquia Driver esteja inativa há praticamente uma década, não podemos esquecer o quão importante os dois primeiros games foram para o PlayStation 1: em um período em que GTA III só viria a ser lançado em 2001, Driver 2 já tinha um mundo totalmente em 3D e dava ao jogador a liberdade de realizar missões em um grande mundo aberto (para seu tempo), se passando em quatro cidades distintas: Chicago, Havana, Las Vegas e Rio de Janeiro – sendo um dos poucos jogos da primeira geração de games em 3D a representar o Brasil e a cidade carioca em 3D.
Enquanto o primeiro título não permitia o jogador a sair do carro, Driver 2 dava essa liberdade, permitindo que fossem roubados uma ampla gama de veículos, sendo essa mecânica de gameplay uma raridade nos jogos dessa época.
Embora o PlayStation 1 tenha recebido quatro jogos da franquia Resident Evil e uma grande quantidade de jogos de terror, o primeiro Silent Hill permanece como um dos exclusivos de maior destaque do console até os dias de hoje, sendo uma das melhores razões para revisitar os jogos do console em 2021/22.
Enquanto muitos games de terror tinha como destaque um enredo que se voltava para terror tradicional de zumbis, Silent Hill enfatizava o terror psicológico, com múltiplos finais e uma jogabilidade muito mais aberta que a vista em Resident Evil. Além disso, é interessante lembrar que enquanto a maioria dos jogos de terror dos anos 90 faziam o uso de uma câmera fixa que resultava em uma mescla de gráficos 3D e pseudo-3D como forma de não sobrecarregar o console, Silent Hill era 100% em 3D, usando como técnica uma neblina em objetos distantes para que o jogo pudesse rodar de forma fluída. Sem dúvidas, um clássico eterno e um dos melhores jogos de todos os tempos.
Com o Nintendo 64 recebendo tantos jogos de plataforma exclusivos, a Sony não queria ficar perdendo para a concorrência uma fatia desse gênero. Dito isso, a Insomniac Games (conhecida hoje em dia por criar as séries Resistance e Ratchet & Clank) passou por um processo muito parecido da Naughty Dog: desenvolveu três games clássicos e exclusivos para o PS1, sendo justamente Year of the Dragon o último game da empresa e o último exclusivo do console. Além disso, o jogo também recebeu remasterizações para os consoles das novas plataformas nos anos recentes por vias da Spyro Reignited Trilogy com diversas modificações.
O jogo é incrível, contendo mapas gigantes para explorar, hub system, gráficos muito bonitos rodando em uma taxa de quadros excelente para o PS1 e a possibilidade de jogar com outros personagens – amigos de Spyro.
Infelizmente, o destino de Spyro também foi o mesmo visto no caso de Crash Bandicoot, com sua desenvolvedora principal enterrando de vez a franquia e terceirizando todos os jogos seguintes para outras desenvolvedoras – que não entregaram a mesma qualidade vista nos jogos da era do saudoso PSX.
Lançado dois anos após GoldenEye 007 do Nintendo 64, o primeiro Medal of Honor permanece como um game exclusivo para PS1, não sendo lançado para outra plataforma que não a do primeiro console da Sony, embora uma versão emulada do clássico tenha sido relançada na PSN para PS3.
O game nasceu de uma ideia de Steven Spielberg que, após ver um de seus filhos jogando GoldenEye 007 no N64, decidiu criar seu próprio game de tiro. Medal of Honor não chega a ser, de maneira alguma, uma imitação de GoldenEye 007, mas as semelhanças são grandes, tais como o sistema de mira, múltiplos objetivos por fase, inúmeros desbloqueáveis e um modo deathmatch para dois jogadores.
O game deu origem a toda uma franquia que só perderia a força em 2012, com o lançamento do péssimo Medal of Honor: Warfighter, que se assemelhava muito mais a Call of Duty do que um jogo com sua própria identidade vista em seus anos iniciais.
Em uma época em que jogos de skate era uma das maiores raridades daquela geração, Tony Hawk’s Pro Skater se destacou como um dos únicos e melhores jogos do gênero. E decidimos incluir o segundo game da franquia porque, assim como muitas sequels vistas no PS1, THPS2 pegou tudo de melhor no primeiro game e aperfeiçoou a num nível incrível. Os quatro primeiros games da série são todos bons, mas se algum deles merece destaque, é o segundo.
Curiosamente, THPS não é apenas um jogo de skateboarding em que você faz manobras radicais para somar a maior quantidade de pontos, mas sim um jogo repleto de objetivos, como procurar certas letras na fase, encontrar fitas secretas, fazer certas manobras específicas em lugares específicos e outros objetivos que dependem das inúmeras fases a serem jogadas.
Embora o game tenha sido lançado para outras plataformas como o Nintendo 64 e o Dreamcast, a versão de PS1 é a de melhor destaque por conter os melhores controles e a trilha sonora (marca registrada do game) intacta.
Lançado com exclusividade para o PlayStation 1, Syphon Filter recebeu notas altíssimas quando foi lançado, com um feedback muito positivo para dos fãs. Mais uma vez, a série resultou no surgimento de uma franquia e deu o nascimento a três jogos para o console, sendo o primeiro considerado por muitos como o melhor da era de PS1.
Estranhamente, o game recebeu comparações não muito exatas com Metal Gear Solid quando foi lançado, já que ambos contam com o elemento de stealth-action. Não obstante, Syphon Filter apresenta uma estrutura muito mais frenética que o game da Konami.
Atualmente, a franquia da Sony não recebe um game desde 2007, com Syphon Filter: Logan’s Shadow sendo o último jogo lançado para a série. Também não temos indícios de remasterizações a caminho e nem de remakes. Dito isso, a franquia Syphon Filter alcançou seu auge na era do PS1, tendo missões de stealth-action, mas mantendo sua identidade intacta com um sistema de mira preciso, um extenso arsenal de armas e uma curva de dificuldade elevada, mas totalmente de acordo para aqueles que buscam um desafio.
Desenvolvido e publicado pela própria Namco, Tekken 3 talvez seja o mais marcante título da franquia de jogos de luta que é popular até os dias atuais. Não sendo um rip-off de Street Fighter e tampouco de Mortal Kombat, Tekken 3 mistura elementos sérios de storyline com forte humor.
O jogo possui uma grande quantidade de desbloqueáveis dos quais requisitam o jogador finalizar com cada personagem uma vez para ir liberando novos lutadores. Após finalizar o jogo com um determinado personagem, cada um destes possui um vídeo de finalização que conta melhor a história de cada um deles.
Tekken 3 foi um sucesso, sendo um dos jogos mais vendidos do console e superando em praticamente tudo os seus antecessores, sendo relançado como um jogo desbloqueável em Tekken 5 para PlayStation 2.
O primeiro Metal Gear em 3D, Metal Gear Solid é visto até hoje como um dos melhores jogos de todos os tempos. Ele não se trata apenas de um stealth genérico ou um game com os melhores gráficos já vistos em um PS1, mas sim um jogo complexo, com diálogos extremamente longos e cheios de detalhes, storyline altamente bem elaborada, uma jogabilidade muito refinada e trilha sonora impecável.
O jogo deixou um legado intenso, surpreendendo até mesmo seu criador Hideo Kojima que, em uma entrevista em 2014, disse que sequer esperava que o jogo venderia tanto como vendeu.
Além de estabelecer a franquia “Solid” de Metal Gear como a principal, o os jogos são frequentemente vistos como os melhores de stealth já feitos, sendo essa uma afirmação que há consenso pela maioria dos críticos.
Alguns poucos anos depois do lançamento de Metal Gear Solid, um remake, Metal Gear Solid: The Twin Snakes, foi lançado exclusivamente para o GameCube, tendo sido desenvolvido em uma parceria da Konami com a Silicon Knights (conhecida pelo memorável Eternal Darkness).
Se há um gênero que esteve muito presente no PS1, esse gênero foi o RPG. E se você foi um gamer proeminente na quinta-geração de consoles, um jogo que dispensa comentários é certamente Final Fantasy VII.
Inicialmente lançado como um título que sairia para N64, o console da Nintendo perdeu a oportunidade de ter o título em seu catálogo em virtude ao pouco espaço de armazenamento que os cartuchos forneciam naquele tempo. A Nintendo, que até então estava acostumada a receber todos os jogos da franquia para seus consoles, levou um baque muito grande com a perda de Final Fantasy VII.
Sendo considerado por muitos como o melhor jogo da franquia (que possui 16 jogos principai, e vários spin-offs), FF7 está sempre nas listas de melhores jogos de todos os tempos, em virtude ao seu design/estilo artístico, enredo, elenco de personagens, jogabilidade profunda e complexa, gráficos (considerando o período que foi lançado) e trilha sonora. Além disso, o jogo estabeleceu uma espécie de padrão para games de RPG lançados após ele, com várias imitações lançadas por outras companhias, mas com nenhuma superando a de FF7; para o PS1, o Final Fantasy VII é o que Super Mario 64 é para o Nintendo 64.
Há pouco tempo, remakes muito modernizados foram lançados para PS4 e PS5, elogiados pela sua autenticidade em relação ao original. Não obstante, a versão original para PS1 se consagra sendo, analiticamente, o melhor jogo de PlayStation 1 já lançado.
Como mencionado, caro leitor, o PlayStation foi um console que recebeu mais de 4 mil jogos oficialmente, sendo muito difícil citar todos em uma lista de apenas dez. Para tanto, é necessário embutir uma lista com jogos que merecem destaque de recomendação:
Menções (muito) honrosas
Além dos conhecidos games citados acima, muitos jogos de qualidade ficaram perdidos no imenso catálogo de jogos do PS1. Muitos são os chamados “fan-favorite” ou se tornaram cult-classics. Como exemplo, podemos citar:
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