Qual é a linha que separa os homens dos meninos?

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Conviver com a ala masculina é uma arte. As mulheres tentam montar quebra-cabeças para entendê-los um pouco melhor, às vezes até imaginando situações e conversas fictícias. Mas uma parte é muito difícil: compreender o gosto e os gastos masculinos.

Já vi homens fazerem loucuras com dinheiro. Um deles queria ter um barco e antes mesmo de comprá-lo já tinha todo o aparato necessário para fazê-lo funcionar como ele imaginara. Lembro o dia em que fui ver o tão falado barco. Tinha os tapetes exatamente iguais aos que ele tinha planejado fazer anos antes. Ele parecia uma criança feliz lá dentro. O mesmo aconteceu com a moto para trilha, com a roupa de mergulho e com tudo que é necessário para esquiar.

Tenho um amigo que inventa um esporte mais caro que o outro a cada mês. Bicicleta para triathon, wingsuit sob medida, paraquedas e por aí vai. Teve um que me disse que não quer nem saber de ir até o estádio na Copa do Mundo, ele quer mesmo é comprar uma televisão maior, mais fina e mais moderna. Para as mulheres cabe a tarefa de aprender e também a de concordar com as loucuras e gastos de seus namorados e maridos, se é isso que os fazem felizes.

A ala masculina acha que é o preço dos brinquedos que diferencia os homens dos meninos. No universo feminino, porém, vacilar é que faz a separação de um para o outro. Um vacilo e aos olhos de uma mulher você volta a ser apenas um menino. E não há SUV na garagem ou lancha no Guarujá que conserte isso.

Julia Duarte

A jornalista Julia Duarte, autora do livro "Relacionamento Ioiô", ajuda os leitores do El Hombre a compreenderem o universo feminino. "Não tenho a fórmula do amor", ela diz. "Só quero deixar a pista menos escorregadia e o beco com saída."

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