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Qual o sedan médio mais econômico?

Continuando nossa pesquisa sobre o rendimento dos modelos nacionais, abordaremos agora um dos segmentos que mais cresce em termos de lançamentos: os sedans médios. (Veja aqui a análise dos compactos.)

Concebidos para aquela faixa de consumidores que precisa de mais espaço do que um compacto pode oferecer, mas que também não quer gastar demais, os sedans médios vieram para preencher a lacuna que existia entre os modelos maiores e os ditos “populares”.

Antes da chegada dessas opções no mercado, o cliente tinha de despender muito mais recursos para “subir de patamar”.

Algumas montadoras enxergaram cedo essa oportunidade e se apressaram em lançar novos modelos de três volumes, muitas vezes derivados de compactos consagrados, para tentar ocupar esse nicho. Logo, todas aderiram à nova onda e algumas inclusive já apostam em lançamentos simultâneos de compactos com suas versões sedan. Enfim, as opções são as mais variadas.

Vamos vê-las mais de perto para descobrir como se saem no quesito consumo:

VOLKSWAGEN

Depois do sucesso total obtido com o lançamento do Gol, a Volkswagen acertou mais uma vez ao expandir a família trazendo ao mercado a pick-up Saveiro, a perua Parati e o sedan Voyage.

Por muito tempo esses modelos reinaram absolutos, fazendo com que a montadora alemã meio que se acomodasse no topo.

Depois que a Parati e o Voyage foram descontinuados, a Volks concentrou seus lançamentos no segmento dos compactos e dos sedans grandes, até que a concorrência acabou acirrando o páreo e os alemães viram-se obrigados a reagir.

Hoje, eles oferecem as seguintes opções:

  • VW Voyage

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Ao invés de investir na produção de um novo modelo, a VW resolveu apostar suas fichas em uma área na qual ela entende como poucos: a tradição. Com a intenção de evocar o sucesso do passado – utilizando um nome já consolidado na mente dos consumidores – decidiu ressuscitar o Voyage.

Utilizando a plataforma do novo Gol, ele voltou cheio de novidades, mais moderno mas com a mesma proposta de antes: simplicidade.

O Voyage oferece três opções de motorização (1.0, 1.0 Bluemotion e 1.6) todas flex.

  • VW Polo Sedan

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Até o retorno do Voyage, o Polo Sedan era a única opção oferecida pela VW neste segmento. A partir daí só mesmo partindo para o Bora e o Passat que já pertencem a outra faixa de preços bem mais elevada.

O Polo sofre até hoje com a concorrência por possuir uma plataforma ultrapassada em relação aos rivais (apesar de ser um modelo bem completo) e por ser muito caro. É oferecido somente com a motorização 1.6.

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FORD

A Ford sempre ofereceu muitas opções neste segmento, desde os antigos Escort, Verona até o recente Fiesta. Com a remodelagem total da linha, a montadora americana optou por trazer do México o sedan de luxo Fusion, subir o Ford Focus de nível e introduzir um novo e melhorado modelo do Fiesta para compor a gama de sedans menores.

Eis as opções oferecidas:

  • Ford KA+

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A chegada do novo compacto da Ford enterrou de vez a era dos motores Rocam. Logo, para suprir a lacuna deixada pelo Fiesta, foi lançado o irmão maior do pequeno Ka, o Ka+.

Mais moderno, mais equipado e mais econômico, o Ka+ veio para agradar o consumidor fiel ao compacto, mas que sempre pediu por um porta-malas maior. É oferecido em duas opções de motorização: 1.0 3 cilindros e 1.5, ambas flex.

  • Ford New Fiesta Sedan

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Não fosse pela existência do Ford Focus, poderíamos facilmente enquadrar o New Fiesta Sedan na categoria de Sedans grandes, tal o nível superior que traz de acabamento, tecnologia e itens de conforto.

Competindo de igual para igual com rivais de maior porte, ele traz como única (e maior) desvantagem o preço elevado em relação aos seus concorrentes. É oferecido apenas na versão 1.6 flex, mas conta com a opção do câmbio automático.

  • Ford Fiesta Sedan 1.6

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Mesmo não sendo mais oferecido no site da companhia, algumas revendas ainda possuem estoque do antigo Fiesta Rocam 1.6 para entrega. Por este motivo ele ainda pode figurar em nossa lista, mais a título de comparação.

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FIAT

A Fiat, assim como a VW, optou por concentrar seus esforços nos modelos pequenos tais como compactos e hatchs premium. Conversando com alguns profissionais da montadora italiana que estavam no salão do automóvel deste ano, descobri que a marca trabalha no momento em um novo sedan médio para aumentar a gama de ofertas.

Por enquanto, existe apenas uma opção:

  • Fiat Siena

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Acompanhado apenas pelo seu irmão maior, o Grand Siena (que é classificado como um Sedan grande e por isso não entra em nossa lista), ele vive atualmente com a tarefa espinhosa de atrair consumidores cercado de inúmeros concorrentes mais modernos apostando suas fichas na boa relação custo benefício que possui.

Ágil, com preço competitivo e versátil, o pequeno sedan é oferecido em duas opções de motorização: 1.0 e 1.4 ambas flex.

fiat

CHEVROLET

Assim como vem marcando passo no segmento de compactos, a GM também tem pecado na parte de sedans médios. A padronização da plataforma igualmente não agradou muito os consumidores – que ainda sentem saudade das linhas harmoniosas e fluidas que o saudoso Vectra trouxe quando chegou por aqui.

Até hoje esse é considerado um dos melhores carros já produzidos pela montadora americana, possuindo clubes de colecionadores apaixonados por todo o país.

No momento, ela conta com as seguintes opções:

  • GM Prisma

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O pequeno sedan derivado do Celta cresceu, apareceu, se modernizou e deixou bem para trás a sua versão antiga. Este novo projeto abandonou de vez a antiga plataforma do Celta e hoje compartilha a mesma de onde saem o Onix e o Cobalt.

Tem um bom espaço interno, quatro versões de acabamento e itens de conforto bem interessantes. É oferecido em duas opções de motorização (1.0 e 1.4), ambas flex.

  • GM Cobalt

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O Cobalt foi criado com a missão de oferecer ao consumidor um meio termo entre a simplicidade do Prisma e o requinte do Cruze. Possui bom espaço interno, conforto, razoável pacote tecnológico, bom acabamento e um preço razoável – se levarmos em conta os seus concorrentes -, mas ainda pode melhorar no quesito consumo.

Possui duas opções de motorização (1.4 e 1.8) e também opção de câmbio automático.

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OUTRAS MONTADORAS

  • Nissan Versa

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O Versa veio para preencher a lacuna deixada pelo finado Tiida Sedan, que não agradou muito o consumidor no tempo em que passou aqui. Apesar de ser um bom carro, o Tiida pecava no alto preço e no baixo valor de revenda.

Dotado de amplo espaço interno e preço convidativo, o sedan japonês é como uma versão “popular” do irmão maior – o Sentra – de quem ele herda a mesma qualidade. De acabamento simples, o Versa oferece apenas uma opção de motorização, a 1.6 flex.

A falta de uma versão equipada com câmbio automático é um dos seus pontos fracos.

  • Renault Logan

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A primeira versão do Logan tinha como único atrativo o preço baixo. E a lista parava por aí. O sedan de origem romena (fabricado pela Dacia) era frágil, obsoleto, com design ultrapassado, motorização fraca e mais uma lista de singelos defeitos de fábrica que os pobres consumidores seduzidos pelo valor em conta acabaram descobrindo depois de levá-lo para casa.

Mas a versão atual veio para mudar radicalmente este quadro e está cumprindo com seu propósito. O carro passou por uma reformulação total: ganhou um desenho arrojado, amplo pacote de tecnologia embarcada e tudo isso mantendo a mesma qualidade que o fez chamar a atenção do consumidor: o bom preço.

Pelo visto, o fato de ter passado para as mãos da Nissan só fez bem para a Renault. O Logan tem apenas uma opção de motorização, a 1.0 16v.

  • JAC J3 Turin

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Logo depois de ter um relativo sucesso com o seu compacto J3, a chinesa JAC já tratou de começar a se espalhar por aqui diversificando seu portfólio de produtos.

Mesmo que alguns consumidores ainda torçam o nariz com receio dos modelos chineses, não dá para negar que a JAC particularmente tem evoluído muito e tem feito isso ouvindo atentamente os seus clientes.

Oferecido apenas na motorização 1.4, o pequeno sedan da JAC é o único da lista que ainda não ganhou um propulsor flex.

  • Hyundai HB20S

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Depois de abalar as estruturas do mercado nacional com seu compacto “blockbuster” – o HB20 – a montadora coreana não perdeu tempo e tratou logo de entrar na briga dos sedans médios lançando a versão 3 volumes chamada de HB20S.

Até então, o modelo que representava a marca neste segmento era o Elantra, que vinha logo abaixo do Azera. No entanto, o Elantra era muito caro e não combinava com o nicho de sedans médios. Além do mais, seu baixo volume de vendas contrastava radicalmente com o sucesso gigante do HB20.

Logo, assim como o Sonata que atrapalhava a vida do bem sucedido Azera, ambos saíram de linha. Recheado de tecnologia e itens de conforto, o HB20S é oferecido nas versões 1.0 e 1.6, contando ainda com a opção do câmbio automático.

  • Kia Cerato

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O modelo da Kia Motors tecnicamente sempre foi qualificado como um sedan grande porque competia com rivais como o Nissan Sentra, por exemplo. Isso não tornou a vida do modelo coreano mais fácil, porque com sua motorização mais fraca ele acabava perdendo sempre.

No entanto, ao introduzir no mercado o Optima e o modelo de luxo Cadenza, a Kia preencheu este espaço em branco em seu portfólio e reposicionou o Cerato no mercado como sedan médio.

Recentemente remodelado, o Cerato ganhou um visual mais moderno e dinâmico, além de um bom pacote de itens de série. Oferecido apenas com motorização 1.6, ele apresenta números de consumo diferenciados para as versões automática e manual.

  • Toyota Etios Sedan

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A Toyota, reconhecida pelo consumidor brasileiro pela qualidade de seus carros, também resolveu entrar na briga dos sedans médios e trouxe para o Brasil o Etios.

Originalmente concebido para o mercado Indiano, o Etios logo ganhou asas e foi dar as caras em outros mercados emergentes, como o brasileiro. Por conta de sua origem, ele tinha como objetivo principal ser barato. E talvez seja por isso ele tenha causado tanta estranheza quando aportou por aqui.

Acostumados ao alto padrão da marca japonesa, os brasileiros levaram um susto quando viram de perto o visual exótico, minimalista e simplório do Etios. Mesmo ele tendo sido remodelado antes de chegar às terras canarinhas (o modelo indiano foi considerado espartano demais para o Brasil), a dita solução de baixo custo da Toyota não agradou.

Passada a primeira impressão, o consumidor começou a conhecê-lo melhor e não tardou para que o Etios provasse que, em seu íntimo, havia o DNA de qualidade da Toyota. Ambas as versões sedan e hatch oferecem uma única opção de motorização, a 1.5.

  • Honda City

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Assim como os rivais da Toyota, a Honda também carrega a boa reputação de produzir carros de qualidade que quase nunca vão parar na oficina. Mas se na área dos sedans grandes a briga entre os dois é absolutamente parelha (Civic versus Corolla), no segmento dos médios a Honda faz a Toyota comer poeira.

Infinitamente superior ao Etios, o City foi projetado para ser tudo, menos simples.

Pode não parecer muito justo compará-los, afinal de contas ambos possuem propósitos diferentes, no entanto, em termos de mercado, os dois concorrem na mesma categoria.

Confortável, recheado de tecnologia, com design moderno e atraente, o City traz apenas a opção de motorização 1.5, mas pode oferecer dois tipos diferentes de transmissão automática: a sequencial e a CVT.

outros

Em se tratando de compactos e sedans médios nós ficamos por aqui. Esperamos que tenham gostado. Continuem comentando e trazendo suas opiniões! No próximo texto, vamos subir um nível e tratar dos sedans maiores.

Maurício Souza
Maurício Souza
Profissional de TI, colecionador de miniaturas, apaixonado por carros, viciado em tecnologia e escritor amador nas horas vagas. Quando não está trabalhando ou jogando PS3, Mauricio Souza está explicando para as pessoas que ele não é o pai da Mônica.