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Quem é o príncipe jordaniano que pretende limpar a FIFA

São extremamente vexatórias todas as notícias envolvendo casos de corrupção na Fifa e nas entranhas do futebol internacional.

Deprimente, embora se acreditasse que tais sujeiras aconteciam há muito tempo, contudo, não eram deflagradas por faltas de provas concretas. Fez-se, portanto, o necessário para limpar toda sujeira no esporte mais popular do mundo.

Enfim, a nova luz para o futuro!

Corroborar com todos os casos deprimentes, nos quais José Maria Marin, antigo presidente da Confederação Brasileira de Futebol está envolvido e por tal fato foi preso na Suíça, é votar na sequência do suíço Joseph Blatter para presidência da entidade máxima do futebol.

Embora não tenha ainda sido ligado aos eventos negativos, Blatter era o mandatário do futebol mundial e não vetou esquemas corruptos durante seu mandato. Acredito, porém, que seu nome aparecerá brevemente em grandes esquemas e será mais um na lista da polícia americana.

Para mudar os ventos no rumo da Fifa há apenas uma saída. As eleições da entidade ocorrerão na sexta-feira com apenas um candidato de oposição a Blatter, no poder desde 1998.

O personagem que se vê no momento como a única oportunidade de mudança é o príncipe jordaniano Ali Bin Al Hussein. Mas quem é este personagem? É o que nós, do El Hombre, vamos responder.

O trunfo de Ali Bin, de apenas 39 anos e bem visto no cenário esportivo por vários investimentos para otimização, para conseguir a cadeira máxima da Fifa é a juventude e a transparência na entidade

“Temos que ser mais abertos, mais transparentes na forma de ver as coisas. Não temos nada a esconder, na minha opinião, e não deveríamos fazer isso”, disse quando lançou sua candidatura.

Ali é atualmente vice-presidente da Fifa e membro do comitê executivo da Confederação Asiática de Futebol (AFC). Comanda também a Federação Jordaniana de Futebol e ocupa outros cargos de responsabilidade no esporte.

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A era de Blatter foi marcada pela corrupção

Estudou nos Estados Unidos, onde em 1993 se formou na Salisbury School, no estado de Connecticut. Serviu como chefe de segurança especial do rei de 1998 a 2008 e tem patente de general do exército jordaniano.

Fanático por futebol e luta greco-romana, Ali agrega às suas experiências de gestão esportiva o desenvolvimento do futebol feminino e jovem.

Ele criou o Projeto de Desenvolvimento do Futebol Asiático (AFDP), com o objetivo de desenvolver o esporte entre os jovens, reservando um lugar de destaque para as mulheres. Apoiou também a campanha para acabar com a regra que proibia as mulheres muçulmanas de jogar com o rosto coberto.

“Eu estou buscando a presidência da Fifa porque acredito que é hora de mudar o foco, que hoje está na controvérsia administrativa, para voltar ao esporte”, disse.

Em recente entrevista para a revista Época, o jornalista investigativo escocês Andrew Jennings, autor do livro Jogo Sujo – o Mundo Secreto da Fifa, sobre os escândalos de corrupção no futebol, questionou se Ali é realmente um reformista que mereça a confiança.

“Nós não sabemos quem ele é, não sabemos quais são suas propostas. Tudo o que sabemos é que ele não é Sepp Blatter. Eu não sei quantos europeus vão apoiá-lo só para mostrar o dedo do meio a Blatter”, disse.

Eu mostraria o dedo do meio e votaria na aposta Ali Bin Al Hussein.

Felipe Piccoli
Felipe Piccoli
Felipe Piccoli é especializado em jornalismo esportivo desde 2008. Com passagens pela Rádio Bandeirantes e pelo jornal Marca Brasil, hoje ele é coordenador de reportagem da Band.