Um artista multifacetário. Este é Jorge Mario da Silva, o Seu Jorge. O cara é músico e ator e agora envereda para uma área que tem tudo para em pouco tempo se consolidar no Brasil: o ramo das cervejas artesanais.
Esse mercado ainda está engatinhando, muito embora a primeira microcervejaria brasileira – a DaDo Bier – tenha surgido em 1995 no sul do país. Mas há pouco tempo é que vemos se pulverizar clubes e lojas que revendem os mais variados rótulos da bebida, além de ser muito fácil encontrar na internet vídeos que ensinam como se preparar uma cerveja em casa. Um prato cheio para quem aprecia essa mistura de água, malte, lúpulo, cevada e leveduras. E tudo isso sendo apreciado segundo o pensamento dos apreciadores de cerveja: “Beba menos, beba melhor!”
Além desses clubes e lojas, há eventos por todo o país que se propõem a “beervangelizar” o grande público que merece conhecer novos rótulos e sabores que são vendidos em doses com preços vantajosos. Um deles é o Beer Experience, que aconteceu na Bienal do Ibirapuera em São Paulo neste final de semana, e no sábado (28/09) contou com apresentação de Seu Jorge – que brindou ao público com alguns dos seus grandes sucessos.
O cantor foi anunciado no começo do ano como novo membro da equipe e um dos responsáveis para ampliar o alcance da marca Karavelle – cervejaria paulista com sede em Indaiatuba – no mercado nacional das cervejas premium. Seu Jorge é o diretor de comunicação da empresa.
Mas como será o trabalho dele com a Karavelle? Quais os projetos da marca? Qual a cerveja que ele mais gosta? Leia abaixo como foi o bate papo exclusivo que o El Hombre teve com o Seu Jorge em seu camarim logo após a sua apresentação em que ele nos respondeu essa e outras perguntas. O sucesso desse trabalho da Karavelle ainda não podemos precisar qual será, mas a marca acerta em cheio ao dizer que “Saborear é preciso”. E Seu Jorge, estamos com você. Afinal, “cerveja boa mexe com o nosso coração.”
Como está sendo esse trabalho com a Karavelle?
É um trabalho de dedicação, de aprimoramento e aperfeiçoamento da qualidade. As cervejas premium compõem um amplo universo dentro do mundo das bebidas e no nosso país esse consumo é algo novo. O que me faz pensar que a Karavelle ainda não tem um público alvo. Acho que todos nós que temos uma Companhia que tenta se especializar nesse tipo de cerveja e de sabor – que é o das cervejas premium – apesar de encontrarmos muitas adversidades, temos a consciência de que essa aventura de desbravar esse meio, com o público muito interessado em qualidade de modo geral e que nos respalda a estar trabalhando para dar esse improvement. Também procuramos desenvolver os nossos produtos cada vez mais sem essencialmente ter que ter uma condição de mercado, concorrência nem nada disso. Porque o trabalho da Karavelle é justamente observar esses fenômenos, esses eventos e participar do começo desse mercado novo.
De onde surgiu esse “namoro” com a Karavelle?
Cheguei uma vez à casa do Dinho Diniz – que é meu sócio – e achei um freezer desse cheio delas. Ele me ofereceu. Eu nunca tinha visto essa cerveja. Experimentei e gostei. Mas a bebida ainda passava por um processo experimental. Aí como cervejeiro que sou dei vários palpites e me convidaram para fazer parte da equipe deles.
Aí fizeram esse trabalho de “composição” do sabor?
É. Pensamos em fazer uma cerveja que possa sincronizar a bebida para harmonizar com a comida. Particularmente eu não consigo consumir muito as cervejas mais populares para toma-las durante a refeição. Já com a Karavelle eu consigo. Inclusive com a Black é possível cozinhar uma carne. E não é brincadeira não. O negócio fica “interessantérrimo”.
E quais são os projetos futuros da Karavelle?
Queremos interagir mais com cultura e com entretenimento também.
Sendo, por exemplo, patrocinadora de eventos?
Essencialmente queremos promover eventos. É possível também darmos atenção a esse mercado que tem cervejas que homenageiam as bandas de rock. Estamos estudando também colocar no mercado a cerveja em lata. Mas ainda estamos fazendo testes para ver como fica o sabor.
Qual é a sua relação com a cerveja. Sempre gostou e sempre se interessou? Qual foi a primeira cerveja que você experimentou e em que ano?
Eu não tenho coragem com o destilado. Por isso cerveja é a minha bebida. Acho que a primeira cerveja que experimentei foi em 2004. Eu estava em Paris e experimentei uma chamada Pêcheresse que é belga. Ela é de pêssego e eu sou muito fã porque ela é uma coisa de louco.
Então a cerveja está sempre presente na sua vida – seja para tomar no camarim antes e depois dos shows e para compor músicas?
É isso o que nós estamos trabalhando com a Karavelle. Queremos que a bebida seja pensada para esses momentos já que para mim ela é a cerveja para o seu melhor momento.
Qual é a sua cerveja favorita e o seu estilo favorito?
A Pêcheresse. E o estilo é o Pilsen porque é a cerveja de todo dia. Mas na verdade a preferida mesmo é a que não deixa ressaca. E no momento a Karavelle é a única que está conseguindo isso.