Imagine Leonardo da Vinci em seu estúdio renascentista, o mestre indiscutível de sua época, desenhando o esboço de uma das pinturas mais enigmáticas de todos os tempos: a Mona Lisa.
Agora, imagine um computador moderno, alimentado com inteligência artificial, fazendo o mesmo exercício e apresentando sua própria versão da dama misteriosa. O resultado? Uma Mona Lisa que provavelmente tiraria selfies e dominaria as redes sociais.
No retrato gerado pela IA, a Mona Lisa do século XVI transformou-se em uma influencer do século XXI. Seus olhos verdes ampliados refletem uma confiança contemporânea, e seu decote pronunciado destoa da modéstia renascentista:
what the Mona Lisa would look like today according to AI!
Via: @gianpaolorosa pic.twitter.com/vQcjW4Shd1
— History Photographed (@HistoryInPics) July 29, 2023
Em meio ao burburinho nas redes sociais, não faltaram comparações com influenciadoras digitais, com alguns usuários brincando que a Mona Lisa moderna teria até mesmo uma conta próspera no OnlyFans.
Contudo, enquanto alguns admiravam a audácia da IA, outros expressaram ceticismo. “A IA está realmente inovando ou apenas impondo padrões modernos a clássicos imortais?”, perguntavam-se os puristas.
Este não é o primeiro rodeio da IA com a Mona Lisa. Uma tentativa anterior de imaginar a paisagem além das margens da pintura trouxe respostas mistas, com críticos argumentando que a tecnologia ainda tem muito a aprender sobre a verdadeira essência da arte:
1. Ever wonder what the rest of the Mona Lisa looks like?
Got @Adobe Firefly to help fill out the background for me with the power of AI
Here's what the backgrounds of the most famous paintings in the world look like with AI: pic.twitter.com/2nkqESLrE9
— Kody Young / 💬 Your AI Interpreter (@heykody) May 26, 2023
Mas o que Leonardo pensaria de tudo isso? Talvez ele visse como uma extensão natural da evolução humana e tecnológica. Afinal, ele próprio foi um inovador, sempre buscando novas formas de expressão.
Em última análise, a incursão da IA no mundo da arte nos convida a refletir. No entrecruzamento de algoritmos e paletas, entre pixels e pinceladas, o que realmente define arte no mundo moderno?