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Seu Álbum Favorito de Lana Del Rey Indica o Livro Perfeito para Você

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Lana Del Rey, com sua voz sedutora e letras que capturam a essência da melancolia americana, não é somente uma artista. Ela é uma narradora de histórias. Seus álbuns, cheios de referências literárias, são como portas para outros mundos.

E, sim: seu álbum favorito de Lana pode dizer muito a seu respeito, inclusive sobre qual livro você deveria começar a ler amanhã. Este artigo explora essa conexão íntima entre música e literatura, sugerindo obras literárias que reluzem semelhantemente à experiência de cada álbum.

1# BORN TO DIE E “LOLITA”, DE VLADIMIR NABOKOV

Tudo bem, Born to Die tem uma música chamada Lolita.

Mas, realmente, nenhum livro vai se adequar tão perfeitamente a esse álbum icônico quanto “Lolita”, de Nabokov. Os motivos são óbvios. Born to Die evoca a doçura venenosa da juventude e do amor condenado, duas características que ressoam profundamente com a obra-prima do escritor russo.

A complexidade emocional e moral de ambos os trabalhos desafia o leitor/ouvinte a explorar os limites da obsessão e da inocência perdida.

2# ULTRAVIOLENCE E “ARIEL”, DE SYLVIA PLATH

“Ultraviolence”, o terceiro álbum de Lana Del Rey, e “Ariel”, a célebre coletânea de poemas da americana Sylvia Plath, compartilham uma intensidade visceral e uma honestidade brutal sobre a condição feminina e a luta interna. Ambas as artistas mergulham nas profundezas da dor, do amor tóxico e da redenção, usando suas respectivas formas de arte para explorar a complexidade e a ambiguidade da existência.

A voz de Lana, carregada de melancolia, ecoa a poesia crua de Plath, criando uma sinergia que fala da vulnerabilidade, da força e da renovação. Ultraviolence e “Ariel” são manifestos de emoções brutas, capturando a beleza na desolação e a luta por autonomia.

3# HONEYMOON E “REGRAS DE CORTESIA”, DE AMOR TOWLES

“Honeymoon”, o álbum de Lana Del Rey, com sua atmosfera etérea e contemplativa, se entrelaça perfeitamente com “Regras de Cortesia”, de Amor Towles. Ambos exploram a elegância e a complexidade das interações sociais, e sem dúvida alguma mergulham nos detalhes do charme e da decadência. Enquanto “Honeymoon” captura a essência de um amor nostálgico e sonhador através de suas melodias suaves e letras poéticas, “Regras de Cortesia” nos transporta para a Nova York dos anos 1930, onde a protagonista navega pela sociedade com uma mistura de astúcia e elegância.

4# LUST FOR LIFE E “AS GAROTAS”, DE EMMA CLINE

Lust for Life, o quarto álbum de estúdio de Lana Del Rey, é uma obra que captura o espírito de uma busca eterna por significado, amor e beleza nas sombras da vida. É nesta paisagem emocional complexa que encontramos ressonância profunda com “As Garotas”, de Emma Cline, um romance que explora a perda da inocência e a sedução perigosa dos anseios por pertencimento.

5# NORMAN FUCKING ROCKWELL E “NÃO ME ABANDONE JAMAIS”, DE KAZUO ISHIGURO

“Norman Fucking Rockwell” de Lana Del Rey compartilham uma profunda reflexão sobre a beleza enigmática da existência humana. Ao nos depararmos com ambas as obras, somos levados a refletir sobre a perda e a inevitável confrontação com o nosso destino.

Lana Del Rey, com sua habilidade única de conjurar imagens vívidas e emoções complexas através de sua música, explora a fragilidade da felicidade e a tenacidade da esperança frente às adversidades da vida. Ishiguro, por sua vez, apresenta uma narrativa sutil e comovente que questiona a essência do ser humano, os limites da ciência e a profundidade dos laços afetivos, através da vida de seus personagens em uma realidade distópica.

6# CHEMTRAILS OVER THE COUNTRY CLUB E “REVIVER O PASSADO EM BRIDESHEAD”, DE EVELYN WAUGH

Nostalgia. Perda. A complexidade das relações humanas. Fé. Tanto Lana quanto Evelyn Waugh evocam a saudade por uma era dourada perdida, misturando beleza e pesar de modo inesquecível.

O álbum em questão, que devo admitir ser o meu favorito da cantora, e o livro de Waugh, compartilham a melancolia e uma reflexão sobre como os laços humanos são moldados pelo contexto social e o desejo de pertencer a algo maior do que nós mesmos.

7# BLUE BANISTERS E “NORWEGIAN WOOD”, DE HARUKI MURAKAMI

“Blue Banisters” e “Norwegian Wood” são narrativas de autodescoberta e aceitação, onde os personagens centrais se veem navegando por águas emocionais turbulentas, lidando com a dor da perda e a beleza fugaz dos breves momentos compartilhados.

A conexão entre o álbum e o livro reside na habilidade de criar um espaço de reflexão para o ouvinte/leitor. Um convite para explorar as profundezas de suas próprias emoções e memórias. Essas obras sugerem que, mesmo nos momentos mais sombrios, há linhas de beleza e entendimento que podem nos guiar através da escuridão.

8# DID YOU KNOW THAT THERE’S A TUNNEL UNDER OCEAN BOULEVARD E “SUAVE É A NOITE”, DE F. SCOTT FITZGERALD

“Did You Know That There’s a Tunnel Under Ocean Boulevard”, de Lana Del Rey, e “Suave é a Noite”, de F. Scott Fitzgerald, mergulham no esplendor e na decadência, explorando as complexidades da psique humana e as ilusões do sonho americano. Ambas as obras são estudos intricados sobre personagens à beira da autodestruição, envoltos em camadas de luxo e desilusão. Lana Del Rey, com sua habilidade de tecer narrativas poéticas ricas em simbolismo, canta sobre a busca por amor, significado e redenção em um mundo que muitas vezes parece estar contra nós. Fitzgerald, por outro lado, nos apresenta a história de Dick e Nicole Diver, um casal glamouroso cuja vida na Riviera Francesa esconde profundas fissuras emocionais e psicológicas.

E o amanhã?

Ao fim, o que essas combinações de álbuns e livros revelam é mais do que preferências artísticas; elas oferecem um caminho para o autoconhecimento e a exploração intelectual. Escolha o álbum que ressoa com você e deixe que o livro correspondente seja sua próxima aventura.

Camila Nogueira Nardelli

Leitora ávida, aficcionada por chai latte e por gatos, a socióloga Camila escreve sobre desenvolvimento pessoal aqui no El Hombre.

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