O velho dilema “qualidade vs quantidade” é recorrente na vida dos homens.
Quantas vezes tivemos em nossa adolescência, por exemplo, a seguinte discussão com os amigos: é melhor ficar com várias mulheres, sem critério, ou apenas com poucas bonitas?
Este assunto ganhou um novo capítulo esta semana.
Há uma crença, em nossa sociedade, de que fazer muito sexo é a fórmula da felicidade; uma pessoa de sucesso é aquela com a libido de um coelho. Não nega fogo nunca, está sempre pronta para a próxima.
Não importa onde, como ou quando — o importante é transar bastante.
Mas a ciência acabou de descobrir que, bem, as coisas não são exatamente assim. Pelo contrário, a obsessão por sexo deixa as pessoas até mais infelizes.
Pesquisadores da Carnegie Mellon University, nos EUA, recrutaram 64 casais, entre 35 e 65 anos, e perguntou com que regularidade eles transavam.
Então eles pediram para metade do grupo dobrar a frequência sexual durante 3 meses.
Todo dia, as pessoas preenchiam um formulário de 10 minutos, sobre como estavam se sentindo.
Qual foi a descoberta?
Ao final do experimento, os casais que duplicaram o sexo estavam menos felizes que seus colegas, pois passaram a ter menos desejo e prazer na cama.
Então volto àquele velho debate “qualidade vs quantidade”.
O sexo é um ato para ser saboreado, desfrutado em todas as suas possibilidades, com a devida atenção.
Quando você o transforma numa rotina obsessiva — “preciso transar o tempo inteiro para ser um homem de verdade” — acaba tirando o seu foco do prazer e vivendo num mundo de números e metas.
É fundamental para a nossa felicidade fazer sexo com regularidade.
Mas é preciso lembrar o motivo pelo qual você está ali: prazer. Ter prazer e dar prazer à sua parceira.
Caso o seu pensamento seja riscar da lista de tarefas “transar na terça-feira”, está seguindo um caminho que não te levará muito longe.
Os defensores da quantidade que me perdoem, mas nada substitui a qualidade quando o assunto é sexo.
E a ciência está aí para provar isso.
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