Um Brasil “acolombianado” contra uma Colômbia “abrasileirada”. O duelo das quartas de final entre as duas seleções sul-americanas, nesta sexta-feira, às 17h, em Fortaleza, tem um ar diferente dos que sempre ditaram os jogos entre as duas nações.
O craque brasileiro Neymar está ofuscado pelo colombiano James Rodríguez. O futebol colombiano é mais vistoso em comparação ao nosso. A pressão está do nosso lado. E, por incrível que possa parecer, a Colômbia é favorita. Quem discorda?
A fase de oitavas de final serviu para minimizar as potências mundiais e maximizar o nível do futebol mundial. Todos os jogos foram equilibrados. Deu, sobretudo, para a seleção colombiana o status de promissora e postulante ao título pelo que apresentou até aqui na competição.
Alemanha, Brasil, Argentina e Holanda suaram muito para conseguirem suas vagas contra seleções sem expressão no futebol mundial. Mostraram muitas deficiências, enquanto a Colômbia tomou ainda mais confiança com uma vantagem: não ter a pressão pelo resultado uma vez que já fez, com a vaga na quartas, a sua melhor campanha em Copas em sua história.
Portanto, ganhar ou perder para o Brasil terá o mesmo peso. Voltarão para seu país como ídolos e aclamados. Na linguagem do futebol: jogarão com as pernas leves. Já o Brasil…
A vitória nos pênaltis contra o regular Chile evidenciou ainda mais a fraqueza brasileira e escancarou a falta de preparo emocional dos jogadores. A postura precisa ser completamente diferente para que as “pernas não pesem” e os brasileiros saiam vitoriosos.
Concentrados, com o apoio da torcida, motivados e com a força da tradição do futebol pentacampeão, os jogadores brasileiros têm a faca e o queijo na mão para chegarem ainda mais perto do hexacampeonato. Será equilibrado, mais difícil que o Chile dentro de campo, mas, mesmo assim, consigo enxergar mais uma vitória para a seleção tupiniquim neste 26º confronto entre as duas seleções (15 vitórias brasileiros, duas colombianas e 13 empates).