Muita esperança foi depositada em suas costas desde o começo de sua carreira. Era a esperança do tênis brasileiro chegar novamente no topo do mundo como vimos com Gustavo Kuerten. E ele sofreu com isso. Mas depois de tantas críticas e desconfiança, é atualmente o 79º colocado no ranking mundial de tenistas simples, e conseguiu, enfim, com sua espetacular atuação na Copa Davis diante da Espanha, se aproximar mais do torcedor do brasileiro e ter o merecido respeito.
Estamos falando de Thomaz Belluci.
No dia 14 de setembro, Belluci, com a vitória sobre o espanhol Roberto Bautista Agut, encerrou uma campanha que para muitos parecia impossível: superar a Espanha na Copa Davis. A vitória recolou o Brasil no Grupo Mundial da competição e tirou a Espanha dessa seleção, coisa que não acontecia desde 99, oportunidade em que nós, novamente, fizemos os espanhóis se afastarem da elite mundial do tênis.
“Quando eu ganhei na Davis não achei que teria tanta repercussão. Acho que foi uma conquista muito legal para o tênis nacional. Acho que pra mim foi uma conquista muito importante e também para toda a equipe. Sinto que o povo brasileiro me acolheu com essa vitória. Valeu muito e espero que me ajude para o futuro”, contou Bellucci a nós, do El Hombre, e também à TV Bandeirantes.
“No começo da carreira, todo mundo achava que eu seria o Guga. Isso me incomodava, mas não me deixei levar por isso. O que o Guga alcançou é muito difícil de alguém atingir. Ele é um ídolo nacional e não só do tênis. Estou lutando pelo meu espaço e tentando deixar a marca exclusiva. Por isso, essa vitória na Davis foi importante”, completou o tenista.
Bellucci teve atuações brilhantes que encantaram os apaixonados por tênis e os torcedores que o viram no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. “Pode considerar, sim, que foi um dos meus maiores feitos”, emendou o melhor tenista (simples masculino) brasileiro, que terá de enfrentar agora a Argentina na primeira rodada da Davis no ano que vem.
Em disputa atualmente (até a publicação desta matéria) do Challenger de Orleans, na França, Bellucci estabelece novas metas para o fim de 2014. “Meu objetivo é terminar agora entre os 50 melhores do mundo. Se eu conseguir isso, será um grande ano”, explicou ele.
No fim, o atleta ainda brincou com outro desejo que almeja: “Sempre ouço dos críticos: Bellucci jogou como nunca, perdeu como sempre. Quero acabar com isso também. No nível que eu jogo, contra grandes tenistas, é muito difícil ganhar sempre. Tem vezes que ganho, outras perco. Às vezes jogo bem, outras jogo mal. Tenho que ganhar também quando jogar mal. Vou trabalhar para isso”.
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