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Estamos completamente viciados em “Titanfall”

Tá certo que o Titanfall ainda não é uma franquia: o primeiro jogo foi lançado hoje, dia 11 de março. Mas o burburinho em volta dele é tão grande que muitos já o chamam de Call Of Duty killer – o famoso COD Killer. O jogo agradou jornalistas e sites especializados estão tão animados que o deram mais de 75 prêmios.

A produtora responsável é a Respawn, que é formada por ex-integrantes do time que fez o COD 4 e MW2 (os dois Call of Duty mais elogiados da história), e foi lançado pela EA. Por conta de um acordo de exclusividade feito com a Microsoft, o Titanfall está disponível somente para Xbox e PC.

No Brasil ele foi liberado na madrugada de segunda para terça. Como todo lançamento, veio com problemas. Só fui conseguir jogar a primeira partida às 3 da matina. Mesmo depois que eu loguei e consegui passar pelo tutorial, a conexão com o servidor caiu e tive que esperar mais um pouco para jogar.

No Titanfall o modo campanha está misturado com o multiplayer, o que é uma grande novidade, pois nesse tipo de jogo os dois modos nunca se misturam. Você é sempre um militar dentro de alguma história e tudo acontece offline. Já no lançamento da Respawn, o enredo acontece durante batalhas entre jogadores reais.

O problema é que, enquanto você está atirando que nem um louco e correndo pelas paredes para fugir de balas de 40mm vindas de robôs gigantes, fica difícil prestar atenção no que está sendo falado e narrado sobre a história. Outra pequena complicação é o fato de você sempre precisar estar conectado para jogar. Portanto, não poderei batalhar em meu laptop quando for à praia esse final de semana.

No começo você terá somente as classes padrões. Todas vêm com um arma primária, uma pistola e uma anti-titan. Só depois de jogar uns quarenta e cinco minutos e chegar em um nível mais avançado você poderá montar um classe de sua preferência. Até agora eu usei bastante a R-101C, um rifle de assalto. Ela é precisa, tem um grande poder de fogo e não deixa a jogabilidade lenta (quanto maior a arma, mais devagar você se movimentará).

Os mapas são bem interessantes. São grandes, mas não chegam a ser um problema como foi no COD Ghosts. Isso porque, como você se movimenta super rápido e os titans são bem grandes, você consegue cruzar o terreno em alguns segundos. Cada mapa dá a impressão de ser em um planeta diferente. Cores gritantes, obstáculos e até alienígenas parecidos com dinossauros e dragões habitam o campo de batalha. Infelizmente eles não interagem diretamente com os players, como os boots. E, infelizmente também, os mapas não sofrem influência das batalhas (por exemplo, as paredes não são destruídas com tiros e explosões), o que é uma tendência hoje e foi adotado pelos produtores Battlefield 4 e Ghosts.

Enquanto “voa” pelo campo de batalha, você se sente o jogador mais habilidoso do planeta. Isso porque é muito intuitivo correr pelas paredes e subir em cima dos titans. As animações do game são surpreendentes. Quando você entrar pela primeira vez no seu robô sem dúvida ficará de boca aberta.

Você tem um titan só seu, mas ele só estará disponível depois de um tempo pré-determinado. Você diminui esse tempo a cada pessoa ou boot que eliminar. À primeira vista, usar esse robozão pode ser uma boa – mas eu acabei descobrindo que consigo melhores resultados deixando-o apenas me seguindo e não pilotando-o. Os titans são lentos e têm grande poder de fogo. Perfeitos para uma briga com outro de sua espécie. Mas contra os players, será mais eficiente e ágil utilizar o seu soldado.

Tem uma coisa que nem se eu falasse sobre todos os dados técnicos você iria entender – o feeling. Sabe quando você fica “enganchado” em algum jogo? Você fala para você mesmo, “só mais vinte minutos”, e quando vai ver já se passaram 2 horas. O Titanfall conseguiu fazer isso comigo. Poucos games têm essa influencia em mim. A última vez que eu lembro de ter sentido isso foi jogando Day Z mod há um ano.

Se você gostou do que leu e está pensando em comprar o jogo, entre no YouTube e veja alguns gameplays. Acredito que ele irá te agradar. Mas se você é fã de FPS Shooters, então eu não mais acredito – tenho certeza.

Pedro Cohn
Pedro Cohn
Um dos fundadores do El Hombre, hoje vive na Califórnia à beira do mar. Se você quer irritá-lo, basta falar mal da Apple. Mas prepare-se para tomar um pontapé na orelha.