Converso com um amigo na hora do almoço sobre as combinações e contratos implícitos que fazemos sem perceber nos relacionamentos amorosos. Ali no restaurante japonês temos a opção de escolher pratos separados no cardápio ou podemos pedir um “combinado”.
São vários tipos de combos que variam no preço e na quantidade de comida. Falo para ele que nos relacionamentos também deveria ser assim, ter a opção de fazer algumas combinações com quem está ao nosso lado.
Os dois querem namorar, os dois querem só sair e curtir, os dois querem casar e por aí vai. Casais podem combinar qualquer coisa, mas tem que ser a mesma coisa para não desandar. Se não for assim, fica bem complicado manter o relacionamento.
O combinado do namoro inclui o compromisso. No combinado do “estamos juntos” aparecem as borboletas no estômago. No combinado ficar, o ingrediente principal é a falta de comprometimento. Claro que tudo isso precisa ser falado, não dá pra tentar adivinhar o que o outro quer e muito menos ficar criando expectativas.
É um grande golpe de sorte quando um casal quer e espera as mesmas coisas da relação. Acordos sempre dependem de boas vontades e para ser selado o lance é você dizer o que quer. A partir daí, o que vale são sentimentos e atitudes e não só palavras.
É importante saber a hora de falar e a hora de agir. Palavras podem ser traiçoeiras, já que todo mundo está sujeito a mudar de ideia. Não tem mal nenhum nisso, desde que elas sejam comunicadas. O problema é que as mulheres esperam que o pensamento do homem vai mudar. Se elas insistirem só mais um pouquinho uma hora vai dar certo. Não é um grande mistério, mas leva tempo e maturidade para aprender que esta atitude é furada.
Ler nas entrelinhas pode cansar. Não falar o que você espera de uma relação pode te levar ao amor que escreve certo por linhas tortas. Seja mais simples, o combinado não sai caro.
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