Existem três verdades sobre o futebol brasileiro atual: Belo Horizonte é a capital do esporte bretão nacional, Rogério Ceni não larga o osso no gol do São Paulo e, por fim, os torcedores de Palmeiras e Botafogo são os sofredores dos grandes clubes do futebol brasileiro.
No final de semana passado, tivemos na decisão da Copa do Brasil o fruto de um modelo vencedor e exemplo de gestão esportiva dos dois principais clubes hoje do Brasil.
O Mineirão é o templo atual do futebol brasileiro e Belo Horizonte a capital. Cruzeiro, bicampeão brasileiro, e Atlético-MG, vencedor da Copa do Brasil, simplesmente se encontraram na final porque são os melhores. Simples assim.
Os dois clubes são destaques do esporte nacional há dois anos, com um título da Libertadores, dois Brasileiros e uma Copa do Brasil. Fruto de como seus gestores lideram os clubes.
Ronaldinho Gaúcho entrou na linha e jogou seu excelente futebol no Galo no ano passado, e os cartolas mandaram embora jogadores para colocar o clima em ordem. Na Raposa a diretoria fez o que todos sabem que é o principal caminho para o sucesso: dar condição de trabalho e manter o elenco vencedor com contratações de mais qualidade.
ROGÉRIO CENI
Assim como Cruzeiro e Atlético, Rogério Ceni luta para se manter no topo do cenário esportivo brasileiro.
Depois de tanto boato se encerraria ou não a carreira no fim deste ano, levantado por ele mesmo, o goleiro colocou fim às especulações com o que todos os torcedores são-paulinos queriam: a permanência do jogador por mais seis meses em atividade.
Fiquei muitas vezes em dúvida se ele deveria parar ou não.
Cheguei à conclusão de que, sim, ele fez a escolha certa. Devia sim jogar mais uma Taça Libertadores. Fará isso com louvor, porque está em plenas condições para que isso ocorra.
Está ainda com seus reflexos apurados, em forma física e, sobretudo, com um elemento muito importante para um jogador na sua idade: amor pelo esporte e pela profissão. Por tudo isso, não largou o osso, porque ainda tem mais um pouco a dar ao futebol e ao São Paulo.
PALMEIRAS E BOTAFOGO
Quem não tem conseguido dar nada aos seus torcedores são Botafogo e Palmeiras.
Os dois clubes estão em decadência faz mais de dez anos. Isso mesmo. Mais de dez anos. Cada vez pior. Ano após ano, os clubes estão lutando para não cair para a segunda divisão.
Completamente diferentes de Cruzeiro e Atlético-MG, os dois têm uma diretoria amadora e irresponsável. Não sabem trabalhar com futebol e cometem erros atrás de erros.
Não à toa o Botafogo já caiu e o Palmeiras está com grandes possibilidades. Coitado dos torcedores alviverdes, que podem ter este presente de grego no ano de seu centenário.
Quer queira ou não, estas são as três verdades do atual futebol nacional. Não sei se é bom ou ruim, mas, como diria Chicó do Alto da Compadecida, só sei que é assim.
Nosso esporte mais popular, em 2014, pareceu uma novela mexicana: uma peça com um roteiro muito parecido com o do ano anterior.
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