Há algumas receitas, nesta vida, que simplesmente não podem dar errado. Exemplo? Leite e biscoito. Cariocas e biquíni. Amigos, cerveja e sinuca.
Que tal, então, uma equação com jazz ao vivo, stand up comedy, malabarismo e mulheres sensuais?
Eis o Trixmix Cabaret, um espetáculo que acontece toda quinta-feira em São Paulo.
Quando ganhei um par de convites para a peça, de um colega aqui do El Hombre, eu esperava algo bom.
Mas, honestamente, não achei que sairia do teatro com a sensação de que foi o melhor show que assisti nos últimos meses.
Há vários atos circenses e cenas de danças que prendem a atenção do espectador.
O que realmente me conquistou, porém, foi a narração em tom cômico e noir da peça.
Explico: há um escritor bêbado e depravado, com voz de detetive dos anos 40, que vai comentando cada apresentação da noite.
Interpretado por Daniel Pedro, diretor de produção do Circo Zanni, e dublado por Nando Pradho, experiente ator de musicais, o obscuro personagem rouba a cena.
Esta é a sétima temporada do Trixmix.
E, se você liga para currículo, ficará satisfeito em saber que o show é comandado pelo australiano Mark Bromilow, diretor de turnê da peça “Varekai”, do Cirque du Soleil, entre 2008 e 2010.
Também gostei da duração perfeita de 75 minutos — nem curto demais, nem longo demais.
Minha única ressalva?
Jante antes ou programa-se para ir depois. Há um bar que vende petiscos aos visitantes, mas o cardápio deixa a desejar, apesar de oferecer um vinho muito bem-vindo.
Independente deste detalhe, se alguém me pedisse uma sugestão de passeio em São Paulo, eu falaria no Trixmix sem pensar duas vezes.
A má notícia é que a temporada atual termina dia 29 de maio, então é melhor correr se você não quiser perder o espetáculo.
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