Três jogos, dois empates (Rússia e Itália), uma derrota (Inglaterra) e muitos erros para serem corrigidos. Este é o balanço do início de Luiz Felipe Scolari em seu recomeço no comando técnico da seleção brasileira. A falta de confiança e os vacilos defensivos foram os principais pontos negativos do Brasil, que fechou o ciclo de preparação com todos os jogadores à disposição do treinador com o empate por 1 a 1, nesta segunda-feira, diante da seleção russa, em Londres.
Agora, o técnico Felipão terá mais dois amistosos pela frente, entretanto, não poderá utilizar os atletas que atuam fora do Brasil. No dia 6 de abril, o time encara a Bolívia, em Santa Cruz de la Sierra. E no dia 25 do mesmo mês, o desafio é com o Chile, no Mineirão, em Belo Horizonte. Serão ensaios sem os principais atletas que disputarão a Copa das Confederações, no meio do ano, no país.
O recomeço de Luiz Felipe Scolari no comando da seleção brasileira, apesar de não ser tão animador, é similar ao início ruim de sua primeira passagem. E o fim daquela era de Felipão todos já conhecem: o pentacampeonato mundial em 2002 – fato que o torcedor precisa se apegar para não perder as esperanças com o atual time nacional. Em 2001, quando Felipão assumiu o Brasil, foram duas derrotas (Uruguai e México) e um empate (Peru).
[highlight color=”eg. yellow, black”]PONTOS NEGATIVOS[/highlight]
Defesa: Marcado por sempre montar defesas sólidas nas equipes que dirigiu, Felipão não conseguiu armar um sistema que protegesse a defesa brasileira. Ele até que tentou com mudanças na equipe, mas não surtiu o rápido efeito esperado. Colocou o volante Fernando, do Grêmio, como primeiro volante, entretanto, a falta de entrosamento e as subidas dos laterais, sem apoio de marcação, deixaram o sistema vulnerável. Além disso, vacilos bobos marcaram negativamente o Brasil, assim como fora contra a Itália, no empate por 2 a 2.
Falta de confiança: Todas as seleções sabem da qualidade técnica do Brasil e respeitam, mas o que adianta se os próprios brasileiros não confiam no potencial que a equipe pode produzir? Digo isto pelas apresentações dentro de campo, não com relação às declarações dos atletas em entrevistas. O Brasil, se não sai na frente no placar, tem muita dificuldade para reverter o resultado. A equipe sente o gol e apequena-se, além de se perder contra ações mais incisivas do ataque rival. Este problema é reflexo da soma de resultados ruins, sem uma atuação convincente. O retrato disto: Neymar. O santista não consegue exercer tudo o que sabe dentro de campo. O craque está apagado com a amarelinha.
[highlight color=”eg. yellow, black”]PONTOS POSITIVOS[/highlight]
Fred: O único ponto positivo que consigo, até aqui, encontrar na seleção brasileira, é o atacante Fred. Felipão, definitivamente, encontrou o seu homem de referência no ataque brasileiro, coisa que não tínhamos na equipe comandada pelo técnico Mano Menezes, último comandante da canarinho. O atacante do Fluminense marcou nos três jogos deste recomeço de Felipão e mostrou que está pronto para ser o matador brasileiro na Copa das Confederações.