Fim de ano e o momento é de balanço esportivo aqui no El Hombre.
Certamente muitos lembrarão primeiramente de 2014 como o ano do fracasso do Brasil na Copa do Mundo e da triste goleada por 7 a 1 para a Alemanha na semifinal do Mundial.
É bem verdade que estes episódios ficarão marcados para a história.
Mas o que esta temporada nos deixou de lição no meio esportivo é que não somos mais (há um bom tempo) o país do futebol (masculino), mas fomos e somos de outras modalidades.
O destaque das conquistas de 2014 vai para Gabriel Medina por ter feito história ao conquistar o primeiro título mundial da elite do surfe para o Brasil.
O menino de apenas 20 anos será eternamente lembrado pela sua grande façanha. Ele encerrou a temporada de sucesso do Brasil em outras modalidades que teve também grandes feitos em campeonatos mundiais e outras competições muito respeitadas no cenário esportivo.
Fabiana Murer conquistou em 2014 o título da Diamond League, circuito que reúne a elite do atletismo mundial. Foi a segunda vez que a brasileira se tornou campeã da temporada, repetindo o feito de 2010. Ela puxou a fila do brilhantismo das mulheres em 2014.
Martine Grael e Kahena Kunze se tornaram campeãs mundiais de Vela na classe 49erFX. Ganharam também o prêmio Brasil Olímpico concedido pela Confederação Olímpica Brasileira.
A judoca Mayra Aguiar também está no mesmo hall das duas velejadoras. Mayra foi campeã mundial na categoria meio-pesados (até 78kg) no torneio disputado em Chelyabinsk, na Rússia.
As mulheres do futsal feminino também fizeram bonito. Mesmo após um imbróglio que quase as impediu de viajar para disputar o Mundial da categoria na Costa Rica por falta de dinheiro e investimento da Confederação Brasileira de Futsal, as meninas, lideradas por Vanessa Pereira levantaram pela quinta vez o título mundial da modalidade.
Ana Marcela Cunha terminou o ano também como a melhor do mundo na maratona aquática. Ela foi conquistou a Copa do Mundo e foi escolhida pela Federação Internacional de Natação (FINA) como a melhor nadadora de maratonas aquáticas do mundo em 2014.
Na natação, César Cielo, Felipe França e Etiene Medeiros ajudaram o Brasil a conquistar o inédito mundial de natação em piscina curta. Um feito maravilhoso e animador.
Outro nome que pode brilhar no Rio em 2016 despontou em 2014. Foi Marcus Vinicius D’Almeida, campeão olímpico da Juventude e vice-campeão da Copa do Mundo no Tiro com Arco.
Por fim, ainda tivemos o primeiro brasileiro campeão da NBA. Tiago Splitter conquistou o principal torneio de basquete do mundo.
Portanto, hombre, chegamos ao fim de 2014 com muito que comemorar no esporte nacional. Foi um ano maravilhoso e nos provou que o futebol está abaixo, ao menos em feitos mundiais, bem abaixo de outras modalidades. Um alento.
E quem venham novas conquistas em 2015!
Lista de conquistas em Campeonatos Mundiais
Este estudo do Comitê Olímpico do Brasil leva em consideração apenas as provas olímpicas.
Boxe
- Clélia Marques da Costa (51kg) – Bronze
Ginástica Artística
- Arthur Zanetti (argolas) – Prata
- Diego Hypolito (solo) – Bronze
Judô
- Rafael Silva (+100kg) – Bronze
- Erika Miranda (52kg) – Bronze
- Mayra Aguiar (78kg) – Ouro
- Maria Suellen Altman (+78kg) – Prata
Lutas
- Aline Silva Ferreira (75kg) – Prata
Tiro com Arco
- Marcus Vinicius D’Almeida (Recurvo individual) – Prata
Vela
- Martine Grael/Kahena Kunze (49er FX) – Ouro
Vôlei
- Seleção masculina – Prata
- Seleção feminina – Bronze
Total: Dois ouros, cinco pratas e cinco bronzes
Ranking mundial / Circuito mundial
Atletismo
- Fabiana Murer (Salto com vara) – 1º
Natação
- Cesar Cielo (50m livre) – 2º
- Bruno Fratus (50m livre) – 3º
Boxe
- Patrick Lourenço (49kg) – 2º
- Robson Conceição Boxe (60kg) – 1º
- Everton Lopes (64kg) – 2º
Maratona Aquática
- Ana Marcela Cunha (10km) – 1º
- Poliana Okimoto* (10km) – 2º
- Alan do Carmo (10km) – 1º
Vôlei de Praia
- Bruno e Alison (Dupla) – 3º
- Maria Elisa e Juliana (Dupla) – 1º
- Agatha e Bárbara Seixas (Dupla) – 2º
*A atleta Poliana Okimoto não aparece no ranking da FINA por ter disputado apenas cinco etapas da Copa do Mundo. Ainda assim, ela obteve melhor pontuação do que as adversárias, o que a coloca, para o COB, no segundo lugar do ranking mundial.