InícioLifestyleFitnessEsse detalhe básico vai trazer mais resultado ao seu abdominal

Esse detalhe básico vai trazer mais resultado ao seu abdominal

No começo do ano foi matéria no Brasil inteiro uma mulher que fraturou a coluna ao realizar um “abdominal invertido” na academia. Isso pode nos fazer questionar a segurança dos exercícios para essa região. Mas a verdade é que a moça foi muito imprudente em seu treinamento.

Ela estava fazendo o exercício em uma máquina de realizar rosca scott, onde amarrou o pé no banco e sentou no local onde se apoia o braço. Ou seja, de maneira alguma o movimento pode ser considerado seguro. E não apenas para as articulações. Como foi uma improvisação, a corda usada nos pés se rompeu e a mulher caiu, ocasionando a lesão.

Esses abdominais invertidos, até mesmo os realizados apoiando a parte de trás do joelhos em barras fixas, são extremamente perigosos, pois o indivíduo pode simplesmente escapar do lugar em que está preso e cair — e na queda é certeza que irá se lesionar.

Além disso, é importante questionar qual a efetividade dessas invenções. Sim, pois se fosse um exercício melhor, que te deixaria com tanquinho em um dia, até que o risco valeria a pena. Mas para que se arriscar em um exercício que é pior do que os realizados no solo ou em máquinas?

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Vamos relembrar o que o abdômen (todas as musculaturas desse conjunto) faz:

  • Estabiliza sua coluna;
  • Rotaciona o tronco;
  • Flexiona o tronco.

É claro que esse movimento trabalha principalmente a flexão de tronco, mas um detalhe básico que nem todos sabem é que o abdômen só faz 30º de flexão de tronco. O resto do movimento é proporcionado por uma flexão no quadril.

Ou seja, para exercitar com eficiência o abdômen, é preciso trabalhar da melhor forma possível nesses 30º iniciais do movimento. Isso significa que você não precisa elevar o tronco até ele ficar perpendicular ao chão.

Diante disso, temos 3 possibilidades de otimizar o trabalho:

  1. Aumentar a sobrecarga nesses 30º (pode ser feito com pesos ou aumentando o braço de alavanca);
  2. Aumentar o tempo sobre tensão ou aumentar a contração voluntária;
  3. Aumentar o volume/frequência de trabalho dessa musculatura.

Ou seja, é o mesmo raciocínio para as outras musculaturas. Não pense que o abdômen deve receber um tratamento diferenciado nesse sentido, pois ele é um músculo como os outros.

Ricardo Wesley
Ricardo Wesley
O educador físico Ricardo Wesley trabalha há 10 anos com treinamento físico. Ele é especialista em Fisiologia do Exercício; tem MBA em Gestão & Estratégia Empresarial; é mestre em Ciências da Reabilitação e doutorando em Imunologia.