Noah Galloway, 36 anos, é um veterano do exército dos Estados Unidos que perdeu dois membros no Iraque, ao passar por uma bomba enquanto dirigia um jipe militar.
Ele acordou no Natal de 2005 depois de 6 dias: “Eu estava acabado.”
A “Men’s Health” americana deu uma capa com ele em 2014. Apesar de ser uma matéria antiga, a história é tão inspiradora que vale a pena conhecer.
Ao voltar para os Estados Unidos, depois do acidente, Noah entrou numa depressão terrível.
“As pessoas são muito visuais”, ele diz. “Eu chamava atenção em qualquer lugar que ia. Então parei de sair de casa. Eu ficava lá bebendo, fumando e dormindo. É tudo o que fazia.”
REVIRAVOLTA
A reviravolta começou em 2010, quando Noah se olhou no espelho e viu uma figura acabada. Ele estava tão focado no que havia perdido que se esquecera do que ainda existia nele.
Foi um momento de clareza: era hora de voltar ao trabalho. O primeiro passou foi retornar à musculação.
Mas como Noah tinha vergonha de seu corpo, se matriculou numa academia 24 horas e começou a malhar às 2 horas da manhã. “Eu estava começando do zero.”
Obviamente o retorno teve suas dificuldades. Afinal, como fazer supino com apenas um braço? Ou agachamento sem uma perna? Mas ele foi adaptando os exercícios. “Depois de 6 meses pensei, cara, tá indo bem!”
O segundo passo foi voltar ao aeróbico. Seu cardiovascular estava péssimo. Após muito trabalho, ele voltou à velha forma: disputou maratonas, corridas espartanas e até mesmo uma Death Race de 58 horas.
OLHANDO PARA TRÁS
“Quando olho para trás, minha depressão me deixa horrorizado”, ele diz. “O que me faz seguir em frente é a vontade de não voltar para aquilo. Quero que as pessoas olhem para mim e vejam mais do que minha lesão.”
Na ocasião da matéria, Noah ainda precisava conquistar um último desafio: cigarro.
Mas como notou o jornalista que entrevistou Noah, Mike Zimmerman: “Todo homen é uma coleção de defeitos e virtudes. Um trabalho em progresso.”
São palavras sábias que certamente valem para qualquer um de nós.