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Você conhece o sistema automotivo Start-Stop?

Quando aluguei um carro na Europa pela primeira vez na vida, quem se aventurou a dirigir primeiro foi a minha esposa (sim, eu sei, eu sou corajoso). E, acostumada a um Chevrolet Agile, foi pegar justo um Fiat Doblô (muito corajoso). Bom, o mais assustador não foi vê-la fazendo as curvas no estacionamento, ou ouvir o carro morrendo (não vou falar quantas vezes, para não ficar chato): foi a situação inusitada de um carro que morre toda vez que você para.

Este é o sistema Start-Stop: uma vez que você coloca o carro no neutro, ao soltar a embreagem e parar de vez, o carro desliga. E, quando você pisa na embreagem novamente para engatar a marcha e sair, o carro liga mais uma vez. Qual a ideia com isso, além de deixar turistas desinformados no mínimo intrigados?

Economizar combustível. Estimativas indicam uma economia de 5 a 10% de combustível, especialmente para aqueles que, como nós, paulistanos, ficam 75% do tempo parados no congestionamento e mais 15% no farol. É um sistema desenvolvido por, adivinha?, japoneses e que já existe lá há mais de 40 anos.

Aqui no Brasil, porém, fazendo uma pesquisa rápida, tudo o que encontramos é uma moto que deve ser lançada com este sistema em breve. Quanto a carros, cowboy, apenas para aqueles que não têm muito por que economizar dinheiro: BMW X3, Porsche Panamera e Audi A1.

Inicialmente, a situação é esquisita; mas, com o passar do tempo, você se acostuma. Voltei ao Brasil sentindo falta deste sistema – e fazer o mesmo com o carro, na marra, não é igual. Parece que a partida por este sistema é muito mais rápida e suave.
Mal posso esperar para esta tecnologia chegar aqui – o meio ambiente agradecerá, sem dúvida. E os nossos narizes também.

David Nordon
David Nordon
David Nordon é médico e escritor.