InícioAtitudeVocê é o irmão mais velho, do meio ou mais novo? Veja como isso pode ter afetado a sua personalidade

Você é o irmão mais velho, do meio ou mais novo? Veja como isso pode ter afetado a sua personalidade

Desde os primórdios, a ordem de nascimento dos irmãos tem sido alvo de debates e pesquisas, na busca de entender como ela pode influenciar na formação da personalidade.  Não se trata de uma ciência exata (inclusive, na minha casa as posições foram invertidas), mas algumas teorias, como as de Alfred Adler e Michael Grose, sugerem que a posição que ocupamos entre nossos irmãos pode ter um papel importante na nossa construção como indivíduo.

Neste artigo, mergulharemos nas possíveis características e desafios de cada posição na fratria.

O líder nato: características do irmão mais velho

Adler acreditava que o primogênito começa a vida com toda a atenção dos pais e frequentemente assume um papel de liderança. Contudo, com o nascimento de outro irmão, ele pode sentir uma espécie de “destronamento”, podendo se tornar super responsável ou até mesmo protetor em relação aos irmãos menores. Michael Grose concorda com essa visão e afirma que muitos irmãos mais velhos são confiáveis, conscienciosos e, em alguns casos, até um pouco conservadores.

O diplomata da família: nuances do irmão do meio

Frequentemente em uma posição mais flexível, o irmão do meio pode não ter o status do mais velho nem o mimo do mais novo. No entanto, Adler e Grose concordam que eles frequentemente desenvolvem excelentes habilidades de negociação e empatia. Eles são, muitas vezes, os pacificadores, aqueles que entendem ambos os lados e podem transitar bem entre diferentes grupos.

O livre-pensador: traços do irmão mais novo

De acordo com Adler, o caçula frequentemente busca superar os irmãos mais velhos e, para isso, pode se tornar bastante competitivo. Grose argumenta que os mais novos tendem a ser mais sociais e aventureiros, muitas vezes desfrutando de uma infância mais relaxada. São os rebeldes, os inovadores, aqueles que desafiam o status quo.

Os pais no meio: como a educação varia

Ambos, Adler e Grose, pontuam que a forma como os pais educam pode variar significativamente de um filho para o outro. O primogênito, por exemplo, muitas vezes enfrenta pais mais inexperientes e ansiosos, enquanto o caçula pode se beneficiar de pais mais relaxados e seguros em sua parentalidade.

Mitos e verdades: desafiando os estereótipos

É crucial lembrar que, apesar de existirem tendências, cada indivíduo é único e influenciado por uma série de fatores, incluindo ambiente, cultura, educação e experiências pessoais. Nem todo primogênito será um líder nato, assim como nem todo caçula será o rebelde da família.

Quando a exceção confirma a regra: histórias que surpreendem

Por fim, existem inúmeras histórias de irmãos que desafiam essas teorias, mostrando que a personalidade é multifacetada e influenciada por inúmeras variáveis. No entanto, mesmo essas exceções ajudam a enriquecer o debate e a aprofundar nossa compreensão sobre o papel da ordem de nascimento na formação da personalidade.

O elo da fratria: mais do que uma ordem de chegada

Ao final dessa jornada, percebemos que a ordem de nascimento pode ter suas influências, mas o que realmente define a nossa personalidade são as conexões que estabelecemos, as experiências que vivenciamos e o amor que compartilhamos com nossa família. Mais do que rótulos, somos seres em constante evolução, moldados por inúmeras forças e, acima de tudo, por nossas escolhas.

Camila Nogueira Nardelli
Camila Nogueira Nardelli
Leitora ávida, aficcionada por chai latte e por gatos, a socióloga Camila escreve sobre desenvolvimento pessoal aqui no El Hombre.