Por que você deveria se hospedar num hostel

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Por definição, a palavra hostel se traduz como albergue. Mas não é simplesmente isso. Hospedar-se pelo mundo, a baixo custo, com qualidade, certo conforto e muita diversão é o que os melhores hostels garantem — e cumprem com louvor. Mas fique esperto. Assim como na hora de escolher uma pousada, analisar bem as resenhas, fotos e estrutura de onde você vai é imprescindível para não passar perrengue. Uma boa dica para se dar bem é escolher um dos hostels de redes internacionais quem atuam no Brasil.

Selecione um lugar paradisíaco. Adicione pessoas de várias partes do mundo. Agora acrescente conforto, uma área social para integração de todos com jogos e um bar, some pitadas de custo x benefício, alto astral de todos que trabalham no hostel, festas, passeios, sua solterice e agite bem, mas muito bem mesmo e pronto. A melhor receita de viajem de todos os tempos fica deliciosa se servida com paixão e alegria.

É assim que Rogerio Bansi, barman e coordenador de marketing da rede de hostels Che Lagarto, define seu negócio. E a experiência que tive, confirma cada item desta receita.

Contrariando minhas próprias dicas, foi por acaso e sem nenhum planejamento que conheci o Che Lagarto. Passando por Paraty-RJ sem rumo e com muitas expectativas,eu viajava com um amigo em busca de diversão, praia e claro, mulheres. Foi quando demos a sorte de, por acaso, conseguir uma das últimas acomodações disponíveis, naquele dia, num quarto misto de 3 beliches.

A primeira impressão já não poderia ser melhor. Pedimos duas caipirinhas (a preço justíssimo) no bar da piscina, e sem nenhum esforço fomos recepcionados com muita simpatia por uma argentina, uma mineira e uma paulista. Com o cair da tarde sentaram-se outras mulheres do mundo em nossa mesinha e, nessa hora, vimos que falar inglês nunca foi tão necessário morando no Brasil, por que as gringas ainda são a maioria nos hostels por aqui.

Nossa estadia, a principio sem planos, se estendeu para 4 dias intensos de muita diversão e histórias intermináveis. Aliás, esse costume de estender a estadia parece que é comum por lá – a maioria das recepcionistas que trabalham no hostel são viajantes da América do Sul e Europa que decidem ficar por um tempo a mais e, para isso, conseguem trabalho nesses lugares.

O mesmo acontece nas outras 24 unidades da rede, espalhadas por 5 países da América do Sul, como diz Gabo Carajo, argentino de 21 anos que passou uma temporada de 3 meses no Rio de Janeiro, mais precisamente no Che Lagarto de Copacabana, e depois seguiu sua viagem. “Próxima parada, Búzios. Tem muito argentino lá, mas tem muita argentina também. Depois eu penso pra onde eu vou,” contou Gabo na oportunidade com um portunhol afiado. “Tenho que falar com as meninas, não é mesmo?”

No meio de tanta diversão, gente de todo mundo e descontração, é comum rolar os famosos amores de verão, quase sempre continuados só pelo Skype ou Whatsapp devido às distâncias continentais. Mas não se preocupe, a rotatividade de pessoas é tão grande que os dias de semana são tão agitados quanto feriados e sempre há motivos para festa.

Foi neste clima de boa vida – ou buena onda –  como dizem por lá, que conheci e fui fisgado pela mulher que casei e recentemente tive uma filha.

E se estar solteiro não é o seu caso também, hombre, o hostel ainda pode ser a melhor opção se você escolher um quarto privado, que não perde em nada para um hotel ou pousada.

Bruno Namorato

Formado em publicidade, o paulistano Bruno Namorato é o fotógrafo oficial do El Hombre. Às vezes ele deixa a câmera de lado e se arrisca, também, nos textos.

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