Não são só as grandes equipes que chegam longe na Libertadores. O maior torneio do continente pode ficar atrás de outras grandes ligas no quesito técnico, mas é de longe um dos mais emocionantes e disputados dentro do campo. Por isso, vemos vários times sem tanta tradição chegando longe na competição. Vamos relembrar algumas das maiores zebras na Libertadores.
Quem é mais novo pode até estranhar, mas o São Caetano já foi finalista de uma edição da Libertadores. Após terminar o campeonato brasileiro de 2001 na 2ª colocação, o time do ABC paulista conseguiu uma vaga para a competição continental no ano seguinte (e podemos dizer que não decepcionou).
Após passar em 1º no lugar num grupo com Cerro Porteno (PAR), Alianza Lima (PER) e Cobreloa (CHI), o Azulão começou a aprontar pra cima de clubes grandes no mata-mata.
Tanto contra a Universidad Católica (CHI) nas oitavas, quanto contra o Penarol (URU) nas quartas, o São Caetano conseguiu levar a decisão para os pênaltis e vencer.
Nas semis, a equipe ainda conseguiu passar pelo América (MEX), conseguindo a façanha de ser o representante brasileiro na final do torneio.
Contudo, o São Caetano não conseguiu levantar a taça. Após uma vitória de 1×0 no jogo de ida da final contra o Olimpia (PAR), os brasileiros acabaram cedendo à pressão dos paraguaios.
Apesar do Pacaembu lotado e uma vantagem de 1×0 no 1° tempo da volta, o Olimpia conseguiu virar sobre o São Caetano, forçando a decisão por pênaltis. A equipe do ABC perdeu duas cobranças e viu o time de Assunção acertar todas as penalidades, comemorando o título da Libertadores pela 3ª vez.
Se o São Caetano não conseguiu chegar à “Glória Eterna”, um time modesto da Colômbia teve essa felicidade dois anos mais tarde.
Após passar em 1° no seu grupo, o Once Caldas chegou na fase de mata-mata sem chamar muita atenção, mas acabou se tornando uma das maiores zebras da história da Libertadores.
Depois de passar pelo Barcelona de Guayaquil (EQU) nas oitavas, o time de Manizales derrubou dois brasileiros (Santos, nas quartas e São Paulo, nas semis) para chegar até a final.
No duelo de ida contra o multicampeão Boca Juniors (ARG), a equipe segurou o empate de 0x0 no estádio La Bombonera, em Buenos Aires.
Depois de um empate de 1×1 na volta, o jogo foi para a decisão por pênaltis. E quem se deu melhor foi o Once Caldas, já que os jogadores do Boca perderam todos os quatro pênaltis batidos. Uma conquista inédita para o clube colombiano.
O grande momento do futebol equatoriano no continente ocorreu em 2008, com a Liga Desportiva Universitária (ou LDU).
Mesmo passando em 2° lugar do grupo para o mata-mata, o time contava com uma arma muito forte para os momentos decisivos: a altitude de Quito.
Depois de passar pelo Estudiantes (ARG) nas oitavas, os equatorianos venceram o San Lorenzo (ARG) nas quartas e o América (MEX) nas semis para disputar a final contra um brasileiro: o Fluminense.
No jogo de ida, o clube de Quito soube aproveitar bem a altitude e abriu 4×2 pra cima dos cariocas. Já no jogo de volta, no Maracanã, o Flu contou com a força de quase 80.000 torcedores para fazer 3×1, levando mais uma final de Libertadores para os pênaltis.
Mesmo com a atmosfera a favor do Tricolor das Laranjeiras, Conca, Thiago Neves e Washington erraram as cobranças, fazendo com que a LDU se tornasse a 1ª campeã continental da história do Equador e uma das maiores zebras da Libertadores.
Diferente do time do Uruguai com o mesmo nome, o Nacional do Paraguai é um time bem mais modesto, que nunca tinha passado da fase de grupos da Libertadores até 2014, quando fez uma campanha memorável.
Mesmo indo para o mata-mata com a pior campanha entre os classificados, o time de Assunção foi aguerrido e passou por Vélez Sarsfield (ARG) nas oitavas e Arsenal de Sarandí (ARG) nas quartas.
Nas semifinais, tivemos talvez os confrontos com mais zebras na Libertadores. Enquanto o Nacional passou pelo Defensor Sporting (URU), o San Lorenzo (ARG) passeou pra cima do Bolívar (BOL).
Já na decisão, o time paraguaio acabou não sendo páreo para os argentinos. Depois do empate de 1×1 em Assunção, o San Lorenzo venceu o jogo de volta por 1×0 em seu estádio e foi campeão do torneio pela 1ª vez. Mesmo com o revés, a campanha ficou marcada na história do time paraguaio.
Apesar de hoje ser bem conhecido pelos brasileiros, o Independiente del Valle teve uma ascensão meteórica na última década. Após estrear na 1ª divisão do Equador em 2010, a equipe de Sangolquí participaria de uma final continental anos mais tarde.
Depois de passar em 2° lugar no grupo para o mata-mata, o del Valle teve que derrubar gigantes para avançar de fase. Nas oitavas, precisou enfrentar o River Plate (ARG). Nas quartas, foi a vez de enfrentar o Pumas UNAM (MEX). Por fim, nas semis, avançou sobre o Boca Juniors (ARG) para chegar à final.
Na decisão contra o Atlético Nacional (COL), o time conseguiu segurar um empate de 1×1 em casa, na ida. Porém, na volta, a equipe perdeu de 1×0 e acabou sendo a vice-campeã do torneio.
Mesmo sendo uma zebra na Libertadores 2016, o Independiente del Valle se tornou mais influente ao longo dos anos, ganhando até uma Copa Sul-Americana em 2019. Muitos times podem ser considerados surpresas hoje, mas ninguém sabe qual poderá ser o status de cada um nos anos seguintes.
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