Vem por aí um grande duelo (amistoso) nas entranhas do futebol mundial, digno de uma boa trama de filme hollywoodiano, com elementos para ganhar o clamor do público amante do esporte: possibilidade de revanche, política, drama e com um eventual final emblemático.
Antes de roteirizar o conteúdo desta história, aviso que mudei minha torcida. Era inicialmente defensor da confirmação da candidatura do ex-jogador português Figo, contudo, virei a casaca. Quero o brasileiro Zico como o presidente da FIFA.
É por aí que começo a contextualizar o meu pensamento inicial. Caso confirme sua candidatura – ele oficializou nesta semana a vontade de concorrer ao cargo para a próxima eleição que deve acontecer entre novembro próximo e março de 2016 -, Zico deve duelar contra um rival do passado.
Um novo confronto com o ex-jogador francês Michel Platini, agora fora de campo e valendo o cargo de mandatário da entidade máxima do futebol mundial, está traçado.
Por conta deste embate saudosista, começa a se tornar interessante a nova briga presidencial da Fifa, ocorrida em virtude dos casos de corrupção denunciados pelo FBI e renúncia de Joseh Blatter. Uma curiosa e intrigante história que somente o futebol tem a ganhar.
Boas intenções
Antes de recordar o embate de ambos dentro de campo – um dos mais lembrados em Copas do Mundo – reitero que os dois têm boas intenções para gerir a modalidade e, sobretudo, respaldo, respeito ao esporte e ideia de limpar casos de corrupções que mancharam a entidade máxima. Uma, por exemplo, já foi defendida pelo brasileiro.
Quando anunciou sua intenção de concorrer à presidência, Zico deixou claro que para isso acontecer é preciso uma mudança de um estatuto. Atualmente é necessário o apoio de ao menos cinco federações nacionais para alguém lançar uma candidatura à presidência da Fifa. O ex-jogador não concorda com isso.
“Serão necessárias mudanças de regra do jogo. Com as que estão aí não há possibilidade de concordância. A exigência de cinco federações é o prenúncio da corrupção”, declarou. Eu concordo e já comecei a gostar da postura do ‘Galinho’.
Zico, contudo, concorda com a necessidade do candidato ter realizado trabalhos recentes no meio do futebol para se oferecer ao cargo.
Atualmente presidente da Uefa, entidade máxima do futebol europeu, Michel Platini deve, sim, concorrer à presidência e deverá ter apoio de muitas confederações, sobretudo, por ter sido um fervoroso opositor de Blatter e um dos responsáveis pela renúncia do mesmo.
É um nome que pretende chacoalhar e transformar positivamente a política atual da entidade e suas confederações. Em breve, pode anunciar oficialmente sua candidatura.
Embate do passado
Mas não será a primeira vez que Zico e Platini estarão disputando um mesmo objetivo. Os dois já marcaram época em Copas do Mundo. E essa seria a chance do brasileiro tentar converter o passado dentro de campo, já que o francês se deu melhor.
O duelo foi entre Brasil e França no Mundial de 1986, ocorrido no México. Zico era o maestro brasileiro, enquanto Platini o francês, e ambos os maiores jogadores do planeta naquela época. Era um clássico histórico que tinha tudo para ser dramático e inesquecível. E assim foi.
O Galinho começou no banco, já que se recuperava de uma contusão e não aguentaria os 90 minutos de uma partida dessa magnitude. Entrou no 2ª tempo. No seu primeiro toque na bola deixou Careca na cara do gol, e o goleiro Bats fez pênalti. O camisa 10 pegou a bola para bater e perdeu a cobrança. Por conta disso o jogo foi parar na prorrogação. Por fim, nas penalidades o Brasil foi eliminado e o duelo ficou marcado como a derrota de Zico para Platini.
Vale lembrar que nenhum deles venceu a Copa do Mundo, mas certamente a carreira do brasileiro até hoje é lembrada, no meio de tantos feitos gloriosos, por conta daquele pênalti perdido.
Será que agora, Zico reverterá a antiga derrota e terá um final catártico? Torço por um sim!
Qual a experiência do Zico m gestão do futebol?
A experiência na política como secretário nacional de esportes no governo de Fernando Collor, e como atleta e técnico por vários países é o triunfo de Zico. “A candidatura tem uma vida. Ajuda o fato de ter passado por vários continentes e ter criado uma história em alguns deles”, comentou o ex-camisa 10.
Zico também frisou que tem experiência no trabalho de gestão, já que trabalhou no Flamengo exercendo essa função.
Vamos aguardar para ver o que o futuro nos reserva.
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